Foi anunciado no fim de fevereiro o pagamento do Auxílio Emergencial de R$ 1 mil. O benefício é voltado a população atingida pela catástrofe ocasionada pelas fortes chuvas que deixou dezenas de mortos e centenas de desabrigados no último mês.
A inciativa foi acordada entre o Prefeito de Petrópolis, Rubens Bomtempo, e o Governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro. A intenção é ajudar no pagamento do chamado aluguel social, sendo R$ 200 provindos do município e R$ 800 do estado.
As quase 900 famílias que estão alojadas em 13 escolas públicas da cidade serão cadastradas automaticamente como beneficiárias. Assim, elas poderão alugar quartos ou casas temporariamente.
De acordo com a prefeitura, os desabrigados também serão cadastrados no programa do Cartão Imperial. Além disso, cerca de 4 mil famílias receberão repasses mensais de R$ 70 para contribuir na compra de alimentos.
Petrópolis, cidade localizada na região serrana do Rio de Janeiro, passou por uma tragédia após uma chuva de 258,6 milímetros em apenas 3 horas. O ocorrido ocasionou a morte de 181 pessoas, sendo 110 mulheres e 71 homens, além de 32 crianças.
Neste sentido, com o número de desabrigados chegando a quase 900 pessoas, começou a pressão para que o governo liberasse algum tipo de auxílio para a população. No entanto, o anuncio do benefício só foi realizado dias após a tragédia.
O auxílio emergencial foi fundamental para milhões de famílias brasileiras durante a fase mais crítica da pandemia decorrente da Covid-19. No entanto, com o seu encerramento em outubro de 2021, muitas famílias continuam desamparadas, ainda impactadas com os efeitos da crise da pandemia.
Mas afinal de contas, a inscrição no auxílio emergencial garante entrada em um novo benefício? Em resumo, não! Isso porque, segundo o Governo Federal, os outros programas têm suas próprias regras, e aqueles interessados em receber outros benefícios precisam verificar se fazem parte da lista de pessoas elegíveis.
Todavia, isso não foi favorável para as pessoas de baixa renda, sendo a maior parte do público atendido outrora pelo Auxílio Emergencial. A questão é que a maioria das famílias não se encaixam nas situações de pobreza ou extrema pobreza, como beneficia o Auxílio Brasil.
No entanto, também sofrem financeiramente. Isso acontece com bastante frequência quando um provedor do lar perde o emprego, por exemplo, e não encontra nenhum programa que possa se encaixar. Até mesmo o chamado “Vale-gás” não é um programa garantido para as pessoas que receberam o auxílio.
Assim como o novo Bolsa Família, o Auxílio Gás exige que a pessoa tenha inscrição ativa no CadÚnico, o que é possível de se conseguir mesmo com a renda per capita (por pessoa) superior a meio salário mínimo (R$ 606 em 2022).
Embora o programa seja mais amplo, nada tem a ver com o Auxílio Emergencial. Para os cidadãos beneficiários do antigo programa, é preciso passar por burocracias para conseguir entrar nos projetos.