O Governo Federal ainda não bateu o martelo sobre os valores médios do novo Bolsa Família. O programa deve entrar em cena a partir do próximo mês de novembro com o nome de Auxílio Brasil. Até lá o Planalto deverá registrar uma série de discussões sobre o tema em questão até poder chegar em um número. O anúncio deve sair apenas no final de setembro.
De qualquer forma, mesmo que esse dado oficial ainda não tenha saído, informações de bastidores dão conta de que a nova média seria de R$ 300. O próprio Presidente Jair Bolsonaro confirmou essa informação em uma série de entrevistas. Seria portanto um aumento de patamar em relação ao que se vê hoje.
No entanto, mesmo que essa elevação aconteça, o valor ainda não seria suficiente para comprar uma cesta básica nas principais cidades do país. Em capitais como São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre, por exemplo, o preço médio mensal de um utensílio desses costuma ultrapassar a marca dos R$ 600 com certa facilidade.
De acordo com dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), caso o novo Bolsa Família vá para a casa dos R$ 300, isso seria suficiente para comprar apenas 47% de uma cesta básica em São Paulo. Então o trabalhador conseguiria pegar apenas menos da metade dos produtos alimentícios desse grupo.
E vale lembrar que aqui estamos falando apenas da alimentação. Em tese, o trabalhador brasileiro precisa gastar dinheiro com muito mais do que isso. É preciso, por exemplo, colocar nesta conta itens de limpeza e higiene pessoal. Além disso, é preciso falar das contas de água, luz e de aluguel, por exemplo.
Essa é uma discussão que acontece também em relação aos pagamentos do Auxílio Emergencial do Governo Federal. É que os usuários que estão vivendo apenas com esse dinheiro não conseguem comprar uma cesta básica.
Como dito, o valor deste item nas principais capitais do país costuma ultrapassar a marca dos R$ 600 com certa facilidade. O montante máximo do Auxílio Emergencial neste momento é de R$ 375, para as mães chefes de família.
E de acordo com o Ministério da Cidadania, a grande maioria dos usuários do programa está recebendo mesmo o valor menor, que é o de R$ 150. Então eles provavelmente estão enfrentando mais dificuldades para comprar a comida.
Em entrevista recente, no entanto, o Ministro da Cidadania, João Roma, disse que o novo Bolsa Família vai contar com a reunião de uma série de programas sociais. Dessa forma, ele acredita que as pessoas poderão acabar recebendo muito mais do que R$ 300.
De acordo com o Ministro, em alguns casos os usuários poderiam acabar recebendo algo em torno de R$ 1000. Isso considerando portanto a soma de todos os bônus que o programa em questão pretende oferecer a partir de novembro.
De qualquer forma, essa é uma situação que naturalmente não vai acontecer para todo mundo. O Governo afirma que vai dar mais detalhes sobre os valores médios do programa a partir do final do próximo mês de setembro. Agora resta portanto aguardar.