No fim da última quinta-feira, 18 de junho, foi divulgado cruzamento feito por dados da Controladoria-Geral da União (CGU). Foram encontrados 317.163 pagamentos irregulados do auxílio emergencial de R$ 600 para servidores públicos em maio. O grupo inclui servidores federais, estaduais, municipais e militares.
O pagamento a mais de 300 mil servidores públicos representa um gasto de R$ 223 milhões apenas em maio de pagamentos irregulares. Do total, 292.376 dos pagamentos foram feitos para servidores estaduais e municipais. Mais 17.551 pagamentos foram feitos para militares ativos, inativos ou pensionistas. E os 7.236 pagamentos que restaram foram feitos para servidores da União.
O balanço feito pela CGU usou as bases, entre 1 e 31 de maio, de servidores públicos. Alguns servidores receberam duas parcelas, num total de R$ 1.200, pois o valor pago é maior do que seria o equivalente para o número de beneficiários.
Mas os dados ainda são incompletos. No balanço feito no estado de São Paulo, por exemplo, foram feitos 25.086 pagamentos indevidos. Porém, o número não incluiu funcionários públicos da capital São Paulo, maior cidade do Brasil.
De acordo com o balanço, o Ceará é o estado com mais servidores municipais aparecendo entre os beneficiários do auxílio de R$ 600, com total de 19.914. O Ceará foi seguido pela Paraíba, com 18.031, Goiás, com 14.360, Minas Gerais, com 12.218, e Paraná, com 11.972.
A Controladoria-Geral da União afirma que alguns desses servidores podem não ter feito o pedido ao auxílio emergencial, e sim terem sido incluídos automaticamente por serem inscritos no Cadastro Único ou fazerem parte do Bolsa Família. Há também a possibilidade de dados utilizados indevidamente por terceiros.