O Governo Federal deve começar a pagar nesta sexta-feira (10) a segunda rodada de repasses do Auxílio Brasil. De acordo com o Ministério da Cidadania, cerca de 14,5 milhões de pessoas deverão receber esse dinheiro. O Palácio do Planalto confirmou que todo mundo vai receber no mínimo R$ 400.
Essa informação acabou gerando uma certa polêmica nas redes sociais. Algumas pessoas estão dizendo que essa forma de repasse pode acabar sendo injusta. Isso porque eles levam em consideração o fato de que as necessidades de cada uma das famílias não são as mesmas neste mesmo momento.
Em declaração nesta semana, a socióloga Letícia Bartholo, disse que há um problema nessa questão. “Vão pagar R$ 400 a uma pessoa ou a uma família de quatro pessoas?”, perguntou ela. Nas redes sociais, as opiniões acerca deste tema acabaram se aflorando nas últimas horas. Muita gente tem visões diferentes sobre a situação.
Há quem pense, por exemplo, que o ideal mesmo seria pagar o mesmo para todo mundo. Assim, ainda na visão dessas pessoas, as famílias não se preocupariam mais com quanto elas iriam receber no mês seguinte. Mas o fato é que não é assim que vai funcionar com os pagamentos do Auxílio Brasil.
De acordo com o próprio Governo Federal, os repasses desse benefício irão acontecer de forma não igualitária para todo mundo. O valor de R$ 400 é o que se fala de mínimo. Então é como se fosse um piso. As pessoas do projeto poderão ganhar mais do que isso. Elas só não poderão ganhar menos do que esse patamar.
De acordo com o Governo Federal, os pagamentos de dezembro do Auxílio Brasil irão apenas para as pessoas que já faziam parte do programa Bolsa Família até o último mês de outubro. Pelo menos essa é a regra até aqui.
Então para dezembro, cumprir as regras de limite de renda não vai adiantar muita coisa. Em resumo: quem não recebeu novembro não vai receber também em dezembro. Essa é a forma mais fácil de explicar todo o processo.
Em 2022, é outra história. A expectativa do Governo Federal é de que a PEC dos Precatórios já esteja devidamente sancionada até lá. Esse é o texto que, em tese, abre mais espaço para os pagamentos turbinados do Auxílio Brasil.
Em resumo: mais pessoas poderiam entrar no programa a partir de janeiro do próximo ano. Estaríamos falando aqui de algo em torno de mais 2,4 milhões de brasileiros. Ainda não há confirmação sobre isso, mas é uma expectativa.
Com PEC ou sem PEC, o fato mesmo é que o Governo Federal não vai conseguir atender todo mundo que tem direito ao benefício. Por isso, muita gente já está pedindo para que o Palácio do Planalto para tentar prorrogar o Auxílio Emergencial.
Esse foi o programa que chegou a atender cerca de 39 milhões de pessoas e chegou oficialmente ao fim ainda em outubro. De qualquer forma, pelo menos pelo que se sabe até aqui, essa prorrogação não está mais nos planos do Palácio do Planalto.