O Governo Federal começou nesta semana os pagamentos turbinados do seu Auxílio Brasil. Cerca de 17,5 milhões de pessoas estão recebendo o dinheiro do programa. Isso significa 3 milhões a mais no número de usuários do benefício em questão quando comparamos com a folha de dezembro.
De acordo com o Ministério da Cidadania, o número de usuários de janeiro cresceu porque eles decidiram inserir uma leva de 3 milhões de brasileiros. De acordo com eles, isso teria sido suficiente para acabar com a famigerada fila de espera para entrar no programa. Pelo menos é isso o que se sabe.
Esses 3 milhões de usuários que estão entrando no Auxílio Brasil em janeiro não irão poder receber o retroativo do ano passado. É que se imaginou que essas pessoas poderiam receber o dinheiro de novembro e de dezembro este ano. Mas de acordo com o Governo Federal, isso não vai acontecer.
Parte desses usuários argumentam que eles teriam direito ao retroativo tomando como base o fato de que eles só não entraram no programa em novembro porque o Governo federal não abriu as vagas novas. Então eles, em tese, foram prejudicados pela forma como o Planalto conseguiu essas entradas.
Corretos ou não, o fato é que o Governo Federal tomou a decisão de não pagar esses retroativos para quem entrou agora em janeiro. Em geral, o argumento do Ministério da Economia é que não há espaço suficiente no orçamento para fazer essas liberações para este público em específico.
Essa mesma lógica vale para as pessoas que irão entrar no Auxílio Brasil depois. Como se sabe, o Governo Federal vai permitir novas entradas todos os meses. Então vai ter gente entrando em fevereiro, março, abril e nos meses seguintes também.
Esses brasileiros não irão poder receber nenhum retroativo referente ao período de tempo que passaram para pegar o dinheiro. Quem entrar em fevereiro, por exemplo, não vai ter o direito de receber nenhum tipo de adicional de janeiro.
Do mesmo modo, uma pessoas que entrar em abril, por exemplo, não vai pegar o adicional dos meses anteriores. A lógica dos repasses é sempre a mesma neste sentido. Independente do momento da sua entrada no projeto.
Nesta semana, o Governo Federal anunciou oficialmente que não vai pagar o retroativo do Auxílio Brasil também para as pessoas que faziam parte do programa em novembro e não conseguiram receber os R$ 400 prometidos naquele primeiro momento.
Em entrevista, o próprio Ministro da Cidadania, João Roma, disse que o pagamento do retroativo do Auxílio Brasil para esses brasileiros não vai mais acontecer, mesmo depois de ele mesmo ter prometido que aconteceria.
O único retroativo que saiu do papel de fato foi o do Auxílio Emergencial. Esse, aliás, foi pago ainda no último dia 13 deste mês. De acordo com o Ministério da Cidadania, algo em torno de 800 mil pessoas receberam.
Todos eles são homens que são também pais solteiros. Eles receberam R$ 600 no ano passado, quando na verdade deveriam ter recebido R$ 1,2 mil a cada mês. Por isso, agora eles podem pegar essa diferença.