Se depender da candidata Soraya Thronicke (União Brasil), o valor de R$ 600 do Auxílio Brasil do Governo Federal não será diminuído no próximo ano. A presidenciável deu a declaração no final da última semana durante um evento de sua campanha em São Paulo. Hoje, o benefício turbinado só está garantido até o final deste ano.
“Embora a União tenha enviado ao Senado Federal um projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de R$ 405, caso eu seja eleita presidente da República, vou garantir a não supressão do valor. Na conta dos beneficiários tem de cair R$ 600 a partir de 1º de janeiro de 2023. Obviamente, faremos isso com bastante responsabilidade”, disse ela.
A candidata está se referindo ao planejamento do orçamento do Governo Federal que foi enviado ao Congresso Nacional ainda na última quarta-feira (31). No documento, o Ministério da Economia prevê que os repasses do Auxílio Brasil deverão cair dos atuais R$ 600 para um patamar de R$ 405 já a partir de janeiro do próximo ano.
“Uma coisa é certa: não é porque o ano virou que as pessoas vão parar de passar fome. Além do mais, com a inflação, o poder de compra do cidadão também não é mais o mesmo. O Brasil está numa situação terrível e o governo federal não pode ignorar as necessidades da população”, completou a candidata do União Brasil.
Em declarações recentes, o presidente Jair Bolsonaro (PL) vem dizendo que não é verdade que o Auxílio Brasil vai cair de valor a partir do próximo ano. Mesmo após o envio da proposta de orçamento ao Congresso Nacional, o chefe de estado vem garantido que o Governo encontrará uma solução para manter o benefício no patamar de R$ 600 no próximo ano.
Soraya Thronicke se junta ao grupo de candidatos que prometem manter o Auxílio Brasil na casa de R$ 600 caso sejam eleitos no próximo mês de outubro. Todos os líderes nas pesquisas garantem que conseguirão manter o benefício neste patamar.
Além de Bolsonaro, a senadora Simone Tebet (MDB) e o ex-presidente Lula (PT) dizem que poderão manter o valor de R$ 600 no próximo ano. No caso do petista, há ainda uma promessa de repasse de um adicional de R$ 150 para cada criança menor de 6 anos.
O ex-ministro Ciro Gomes vem dizendo que poderá elevar o valor do programa, que passaria a fazer pagamentos de R$ 1 mil por família de maneira permanente. O nome do projeto passaria a se chamar Eduardo Suplicy.
De um modo geral, nem o presidente Jair Bolsonaro e nem os seus principais adversários estão deixando muito claro como é possível manter o Auxílio neste valor, ou mesmo subir os gastos, como propõem Lula e Ciro Gomes.
O atual presidente já falou em vender estatais, criar uma nova PEC e até taxar lucros e dividendos. Entretanto, a verdade é que nada está confirmado, e isto ficou claro na documentação de orçamento enviada ao Congresso Nacional.
Hoje, a PEC dos Benefícios prevê que os pagamentos de R$ 600 do Auxilio Brasil sejam feitos entre os meses de agosto e dezembro deste ano. Os próximos repasses turbinados do projeto devem ter início a partir do próximo dia 19 de setembro.