O Governo Federal anunciou há cerca de duas semanas que conseguiu zerar a fila de espera para entrada no Auxílio Brasil. De acordo com informações do próprio Ministério da Cidadania, cerca de 3 milhões de brasileiros entraram no programa neste mês de janeiro. Por isso, o número de usuários subiu para a casa dos 17,5 milhões.
O que se sabe até aqui neste momento, é que essa fila não está mais zerada. Para quem não sabe, os dados do Cadúnico seguem passando por atualizações diárias. Desse modo, algumas pessoas que não estavam na fila no momento em que o Governo Federal inseriu mais gente, podem ter entrado nela depois.
Neste momento, não há nenhum dado oficial que mostre qual é o tamanho dessa fila de espera. Essa é a lista que reúne as pessoas que cumprem todas as regras de entrada no programa em questão, mas que por algum motivo não estão recebendo nada. O Governo alega que há uma falta de espaço no orçamento.
Em entrevista na última semana, o Ministro da Cidadania, João Roma, falou sobre o assunto. De acordo com ele, o Governo vai seguir trabalhando para zerar a fila pelos próximos meses. No entanto, Roma enfatizou que a ideia é também respeitar os limites do orçamento, o que indica que essa lista seguirá existindo durante o ano de 2022.
É importante saber quantas pessoas estão nesta fila de espera de forma atualizada por uma série de motivos. Dessa maneira, daria para ver quantos usuários estariam aptos para participar do programa. De acordo com analistas, isso poderia ajudar inclusive na construção do plano de orçamento para esses pagamentos do Auxílio Brasil.
Para quem ainda não sabe, a fila de espera reúne o nome das pessoas que possuem direito de entrar no programa, mas não recebem nada. No caso do Auxílio Brasil, são brasileiros que estão no Cadúnico e que obedecem aos limites de renda do projeto.
A fila de espera, no entanto, não é uma realidade apenas do Auxílio Brasil. No vale-gás nacional, por exemplo, ela também existe. Neste programa, dados do próprio Ministério da Cidadania apontam que temos mais gente na fila do que recebendo.
Quando a Câmara dos Deputados aprovou a Medida Provisória (MP) do Auxílio Brasil, ficou decidido que o Governo não poderia mais deixar essas filas se formarem. Então sempre que alguém provasse ter direito, o Planalto teria que pagar.
Só que quando esse texto chegou ao Senado, ele mudou um pouco de tom. Por lá, os senadores decidiram deixar essa obrigação. Mas aí o Governo só seria obrigado a acabar com a fila se houvesse espaço no orçamento para isso.
Quando chegou nas mãos do presidente Jair Bolsonaro, essa história mudou mais uma vez. Isso porque o chefe de estado decidiu vetar completamente esse dispositivo. De acordo com ele, isso poderia ser um perigo para as contas públicas.
Na prática, essa decisão acaba tendo impacto no número de usuários do Auxílio Brasil. De acordo com dados oficiais, o Governo vai acabar deixando de pagar para muita gente que teria direito ao programa. Pelo menos é isso o que se sabe oficialmente.