A fila de espera para entrada no Auxílio Brasil pode diminuir no próximo mês de junho. A expectativa dentro do Governo Federal é de que será possível reduzir a lista com os nomes das pessoas que esperam por uma vaga. No entanto, os usuários não devem se animar muito, pois a tendência é que a diminuição não seja tão grande quanto se espera.
Dados da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) revelam que pouco mais de 1,3 milhão de brasileiros estavam na fila de espera para o programa no último mês de março. O número representa um aumento de pouco mais de 200 mil em relação ao que foi registrado no mês de fevereiro, ou seja, a fila não só existe, como está aumentando.
Diante dos dados, membros do Ministério da Cidadania se veem na obrigação de dar uma resposta para as pessoas que esperam por uma vaga. Conforme dados divulgados pela pasta, mais de 65 mil brasileiros entraram na folha de pagamentos do programa entre os meses de abril e maio. A expectativa é de que um patamar semelhante seja inserido em junho.
Embora ainda não seja possível saber qual será a quantidade exata de novas entradas, um ponto já está concretizado: não será possível inserir todos os usuários que estão na fila de espera. Mesmo com as novas inserções, a lista não chegará ao fim em junho. Assim, ao menos durante o próximo mês, uma parte considerável da população seguirá a espera por uma vaga.
De qualquer forma, o usuário que preenche todos os requisitos e que ainda não recebeu nada, precisa prestar atenção em seus apps oficiais para saber se estará entre os novos selecionados ou não. O Ministério da Cidadania ainda não estabeleceu uma data para a divulgação, contudo, ela acontecerá dentro de mais alguns dias no app do próprio Auxílio Brasil
Uma fila de espera para um programa social se forma quando um cidadão obedece a todos os critérios de entrada no benefício e mesmo assim não recebe nada. O Governo Federal explica que o fenômeno acontece por causa da falta de espaço no orçamento.
Falando especificamente sobre o Auxílio Brasil, o Governo informa que tem pouco mais de R$ 89 bilhões disponíveis para os 12 pagamentos deste ano de 2022. O montante é suficiente para fazer repasses mínimos de R$ 400 para pouco mais de 18 milhões de pessoas.
A menos que o orçamento do projeto aumente, o que não é provável, o número de usuários sempre deverá girar em torno deste patamar. Assim, se o número de cidadãos em situação de vulnerabilidade for maior do que o número de vagas, a fila de espera se forma.
O Governo Federal iniciou os pagamentos do Auxílio Brasil ainda no mês de novembro do ano passado para pouco mais de 14 milhões de pessoas. Naquele primeiro momento, apenas os usuários que estavam no antigo Bolsa Família tinham o direito de receber o novo benefício.
Com a aprovação da PEC dos Precatórios no Congresso Nacional ainda no final do ano passado, o Governo conseguiu aumentar o espaço no orçamento. Consequentemente, eles conseguiram, por tabela, aumentar o número de usuários do Auxílio Brasil.
Depois dos aumentos, o programa social tem hoje uma folha de pagamentos que conta com mais de 18,1 milhões de pessoas. Os valores são os mesmos. De acordo com o Ministério da Cidadania, todos recebem, ao menos, R$ 400 por mês.