O Governo Federal deverá inserir mais gente no Auxílio Brasil ainda neste ano de 2021. Quem está prometendo isso é o próprio Ministério da Cidadania, que é a pasta responsável por esses pagamentos até aqui. Em entrevista, o Ministro João Roma disse que vai acabar com a fila de espera neste mês.
Nesta semana, o Ministério está apontando que cerca de 50 milhões de brasileiros serão beneficiados pelo Auxílio Brasil de alguma forma. Isso representaria quase ¼ de toda a população brasileira. O que indicaria que cerca de 25% das pessoas que vivem no Brasil pegariam esse dinheiro a partir do próximo ano.
Mas é preciso ter cuidado ao analisar essa conta do Ministério da Cidadania. Isso porque eles não estão dizendo que 50 milhões irão receber o benefício, mas sim, estão apenas afirmando que esse é o número de pessoas que de alguma forma e em algum grau irão ser ajudadas pelos pagamentos desse dinheiro.
Na prática, o Governo Federal está prevendo realizar os repasses do Auxílio Brasil para cerca de 17 milhões de pessoas a partir do próximo mês de janeiro. O Ministério aponta que cerca de 50 milhões serão beneficiadas porque na conta deles eles levam em consideração a quantidade de indivíduos que moram nesses beneficiários.
Então, na visão deles, quando um integrante da família recebe o Auxílio Brasil todas as pessoas da casa passam a se beneficiar pelo dinheiro em questão. Pelo menos essa é a lógica que eles estão apontando. Mas há quem diga que essa quantia não é suficiente para bancar nem os gastos de uma só pessoa.
De acordo com informações oficiais, o Auxílio Brasil está pagando neste momento um valor mínimo de R$ 400. Isso quer dizer, portanto, que todos os 14,5 milhões de usuários do programa estão tendo acesso pelo menos a esse dinheiro.
Para o próximo ano, isso não deve mudar. Como o Governo Federal conseguiu aprovar a PEC dos Precatórios no Congresso Nacional, consequentemente abriu-se o espaço para manter esse valor dessa forma durante o ano de 2022.
Dá para viver no Brasil ganhando R$ 400 por mês? Provavelmente a resposta é não. De acordo com o Dieese, todas as capitais estão registrando valores mais altos do que isso para o preço das suas cestas básicas.
E isso sem falar nos outros gastos, vale ressaltar. É preciso lembrar também do aumento nos valores de outros itens neste momento. Dá para citar como exemplo o combustível, a conta de luz e até mesmo o valor do botijão de gás.
O Governo Federal se defende dizendo que reconhece que o patamar do benefício não é suficiente para se viver no Brasil, principalmente com o avanço do custo de vida no momento. De qualquer forma, eles dizem que o projeto é importante.
Em entrevista, o Presidente Jair Bolsonaro disse que reconhece que o valor do benefício é baixo. Todavia, disse também que as pessoas precisam usar essa quantia para ajudar nas contas de casa e não tratar ele como uma renda básica.