O Congresso Nacional inicia nesta semana uma série de debates sobre um projeto de lei de autoria do Governo Federal que prevê um novo aumento para o Auxílio Brasil. Segundo o Ministério da Cidadania, hoje o programa paga um patamar mínimo de R$ 400 por família. O plano do poder executivo é elevar o saldo para R$ 600 mensais.
Como dito anteriormente, a proposta ainda depende da aprovação do Congresso Nacional. Junto com o possível aumento do vale-gás nacional, o Governo teria que desembolsar pouco mais de R$ 22 bilhões. A conta não leva em consideração a ideia de se criar um voucher de R$ 1 mil para os caminhoneiros, o que elevaria os gastos para mais de R$ 30 bilhões.
A maioria dos pré-candidatos à presidência já se pronunciou sobre a tentativa do Governo Federal de aplicar o aumento. Boa parte deles afirma que a ideia seria uma “medida populista” e ofereceram outras propostas que poderiam fazer a diferença na vida das pessoas neste momento. As declarações foram dadas de maneira oficial em suas redes sociais, ou em entrevistas e declarações públicas.
Jair Bolsonaro (PL)
O presidente Jair Bolsonaro (PL) é favorável ao aumento. Até mesmo porque ele foi um dos formuladores da ideia. Segundo o chefe do executivo, as medidas podem ajudar mais pessoas. Em declaração no final da última semana, ele confirmou o envio do projeto ao Congresso Nacional.
Felipe D’ávila (NOVO)
O pré-candidato do NOVO à presidência da República, Felipe D’ávila, também falou sobre o tema em resposta a um questionamento da emissora CNN Brasil. Ele se posicionou contra o aumento e cobrou mais “responsabilidade fiscal” do Governo Federal.
Milton Bivar (União Brasil)
O pré-candidato do União Brasil, Milton Bivar, também se posicionou de maneira contrária ao aumento neste momento. Entre outras coisas, ele disse que a medida não teria impacto prático na vida das pessoas e prometeu criar um imposto único federal caso seja eleito.
Sofia Manzano (PCB)
A representante do Partido Comunista Brasileiro (PCB), Sofia Manzano, classificou a medida de Bolsonaro como “eleitoreira”. Ele disse que o Brasil pode adotar medidas como taxação das grandes fortunas e redução dos preços dos produtos para acabar com a fome.
Vera Lúcia (PSTU)
Outra pré-candidata de um partido de esquerda que se posicionou contra o aumento foi Vera Lúcia (PSTU). No entanto, neste caso ela defendeu a criação de um auxílio ainda maior, que poderia pagar um salário mínimo para cada usuário.
Os dois principais adversários de Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais deste ano ainda não se pronunciaram diretamente sobre o tema. Segundo as informações de bastidores, Lula (PT) e Ciro Gomes (PDT) decidiram esperar mais um pouco antes de se posicionar.
De qualquer forma, é possível dizer que o projeto inicial divulgado por Lula prevê o retorno do programa Bolsa Família. Além disso, o ex-presidente afirma que a ideia é manter os pagamentos de forma gradual até a criação de uma Renda Básica Universal.
Já o pedetista vem falando em entrevistas que pretende criar o projeto de Renda Básica Universal logo no primeiro ano de seu possível governo. Ciro Gomes afirma que dará ao programa o nome de Lei Eduardo Suplicy.
Outros pré-candidatos não se manifestaram de nenhuma forma sobre o tema. São os casos de André Janones (Avante), Simone Tebet (MDB), Pablo Marçal (PROS), José Maria Eymael (DC) e Leonardo Péricles (UP).