Daqui a menos de uma semana, o Auxílio Brasil do Governo Federal baterá oficialmente mais um recorde em seus números. Considerando os dados oficiais do Ministério da Cidadania, nunca o programa social foi pago para tanta gente ao mesmo tempo. A expectativa é de que mais de 20 milhões possam receber o benefício em agosto.
Quando começou a fazer pagamentos ainda em novembro de 2021, o Auxílio Brasil do Governo Federal atendia pouco mais de 14 milhões de pessoas. O número subiu para 17 milhões em janeiro de 2022, 18 milhões em março e 18,7 milhões no último mês de julho, quando a última liberação foi oficialmente realizada pelo poder executivo.
Entre os pagamentos de julho e agosto, o Ministério da Cidadania estima que mais de 2,2 milhões de pessoas poderão entrar de uma só vez no programa. Com a nova inserção, o Governo espera bater a marca de 20 milhões de atendidos, o que seria suficiente para zerar a fila de espera para o projeto, e bater o recorde no número de beneficiários.
O aumento no número de usuários do programa Auxílio Brasil só será possível por causa da aprovação da chamada PEC dos Benefícios. O Congresso Nacional aprovou o texto ainda no último mês de julho. Entre outros pontos, o documento libera R$ 26 bilhões para uso do Governo Federal nos pagamentos do programa social.
Vale lembrar que o recorde considera apenas os recebimentos do Auxílio Brasil e do seu antecessor, o Bolsa Família. Quando se considera os pagamentos de outros programas sociais, os números ainda estão longe de serem batidos. O Auxílio Emergencial, por exemplo, chegou na casa de quase 70 milhões de brasileiros no ano de 2020.
Nas últimas semanas, parlamentares de oposição criticaram o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) por decidir manter o aumento do valor do Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600 apenas até o final deste ano de 2022.
Hoje, a PEC dos Benefícios indica que os usuários só receberão o patamar turbinado até o próximo mês de dezembro, ou seja, apenas até pouco depois das eleições presidenciais deste ano. Nesse sentido, os parlamentares acusam o Planalto de compra de votos.
Por sua vez, o Governo Federal nega a acusação e afirma que o aumento no valor do Auxílio Brasil para R$ 600 objetiva amenizar o sofrimento dos mais humildes. O Planalto cita uma piora da situação por causa da guerra da Ucrânia e do aumento nos preços dos combustíveis.
Em declaração nesta semana, o Ministro da Economia, Paulo Guedes, falou sobre a questão da manutenção do valor de R$ 600 para o próximo ano. Ele disse que o Governo pode manter o saldo, desde que o Congresso aprove a Reforma Tributária.
Antes desta declaração, o presidente Jair Bolsonaro (PL) já tinha dito que pretende manter o valor de R$ 600 do Auxílio Brasil. O chefe do executivo até disse que já conversou com o Ministro da Economia, Paulo Guedes sobre o assunto.
Recentemente, o presidente recuou e disse que os pagamentos de R$ 600 do Auxílio Brasil em 2023 ainda não estão garantidos. Ele lembrou ainda que qualquer saída neste sentido ainda dependeria de aprovação do Congresso Nacional.