A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) anunciou nesta terça-feira (29) mais um aumento nos valores da conta de luz dos brasileiros. De acordo com as informações oficiais, a bandeira tarifária vermelha 2 vai ter um reajuste de 52% a partir deste mês de julho. E o aumento deve seguir até o próximo mês de novembro. E isso deve impactar no Auxílio.
Segundo informações oficiais, ao mesmo tempo em que a conta de luz vai ficar mais cara, o valor do Auxílio vai seguir o mesmo. De acordo com o Ministério da Cidadania, que responde pelo programa, não há nenhuma negociação pelo reajuste do valor do projeto em questão. Então os valores deverão seguir os mesmos.
Hoje, ainda de acordo com o Ministério, o Auxílio Emergencial chega na casa de cerca de 39,1 milhões de pessoas. As parcelas atuais têm três valores diferentes: R$ 150, R$ 250 e R$ 375 a depender de cada caso. A maioria dos usuários recebe, no entanto, esse valor menor. Pelo menos é o que diz o Governo.
O aumento da luz significa necessariamente dizer que essas pessoas irão precisar gastar um pouco mais desse dinheiro para pagar dívidas. Vale lembrar que o valor da conta de luz era motivo de reclamação por parte dos cidadãos mesmo antes deste novo aumento que a Aneel anunciou nesta terça-feira (29).
Além do aumento na conta de luz, os beneficiários do Auxílio também manifestam preocupação com outros reajustes de preços. Na semana passada, por exemplo, a Petrobras anunciou mais um aumento no botijão de gás. Além disso, há também a questão do aumento no preço da cesta básica.
O Governo Federal recebe críticas em relação ao valor do Auxílio Emergencial desde o lançamento do programa, que aconteceu ainda no último mês de abril. De lá para cá, membros da oposição sempre pedem um reajuste dos valores.
Nos últimos dias, no entanto, essas críticas ficaram ainda maiores. É que parte da população decidiu participar de protestos de rua. Entre os pedidos, os manifestantes querem um aumento no valor do programa para o patamar dos R$ 600.
O Governo, no entanto, afirma que não pode retomar os repasses nesse valor por uma questão de respeito com as contas públicas. É que a PEC Emergencial estabelece um teto de R$ 44 bilhões para as liberações desses primeiros quatro meses.
De acordo com o Ministro da Economia, Paulo Guedes, o Governo Federal deverá anunciar uma prorrogação do Auxílio Emergencial em breve. E o próprio Presidente Jair Bolsonaro é quem deve fazer essa declaração.
No entanto, mesmo nesta prorrogação, o mais provável é que os valores sigam os mesmos de agora. Aliás, o número de beneficiários também não deve mudar. Pelo menos é isso o que dizem as informações de bastidores.
O Governo Federal deve decidir também como vai ficar a questão no novo Bolsa Família. É que o Planalto ainda precisa decidir qual vai ser a média de pagamento. A má notícia para quem vai receber é que os valores não serão muito diferentes destes do atual Auxílio Emergencial.