O fenômeno da derrubada de estátuas de figuras históricas está presente, nos dias atuais, em todo o mundo.
Porém, esse tema levanta diversas opiniões diferentes: seria a derrubada de estátuas um ato de vandalismo ou um ato de reparação histórica?
O tema tem sido amplamente discutido por importantes figuras públicas. Assim, é muito provável que os vestibulares e a prova do ENEM abordem, em suas próximas edições, questões de atualidades sobre essa problemática.
Em 2020, a morte de George Floyd motivou uma onda de protestos do movimento Black Lives Matter em escala mundial. Os movimentos, porém, estiveram acompanhados também de ações práticas por parte dos manifestantes, incluindo a derrubada de estátuas.
As estátuas que foram derrubadas, tanto no Brasil como em todo o mundo, homenageavam figuras históricas conhecidos por atitudes e pensamentos relacionados à escravidão e ao racismo.
Na Inglaterra, por exemplo, manifestantes retiraram a estátua de Edward Colston, notório traficante de escravos uma multidão enfurecida derrubou de seu pedestal a estátua do traficante de escravos da Idade Moderna, e a lançaram em um rio.
Em 2021, manifestantes colombianos derrubaram a estátua de Cristóvão Colombo, navegador italiano e descobridor do “Novo Mundo”.
Por fim, dentre muitos outros casos, destaca-se o mais recente: manifestantes brasileiros, não necessariamente ligados ao movimento BLM, colocaram fogo na estátua de Borba Gato, bandeirante.
Os manifestantes e apoiadores das derrubadas e depredação das estátuas afirmam que os atos são necessários para protestar contra as atitudes daquelas figuras históricas em vida, bem como contra o que elas representam.
Os apoiadores desse tipo de protesto afirmam ainda que derrubar estátuas é exigir a revisão da história oficial e quebrar com conceitos incorretos, que acabam perpetuando formas de preconceito.
Outras pessoas, porém, afirmam que o a ato de derrubar estátuas contribui somente para a destruição da história e do patrimônio público brasileiro. Laurentino Gomes, escritor de diversos livros sobre a história do país, afirmou em suas redes sociais: “Vejo nas redes sociais um movimento pela derrubada da estátua do bandeirante Borba […]. Sou contra. Estátuas, prédios, palácios e outros monumentos são parte do patrimônio histórico. Devem ser preservados como objetos de estudo e reflexão.”