Desde o final de 2019 a Petrobras vem fazendo sucessivos reajustes nos preços dos combustíveis. Só nesse ano houve três altas no preço da gasolina. De acordo com a pesquisa da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis (ANP), nos postos, a gasolina e o diesel estão 5,9% mais caros desde a primeira semana de 2021.
Os frequentes aumentos têm gerado grande insatisfação, principalmente entre os caminhoneiros, que estão pressionando o governo federal para frear a alta nos preços. A categoria chegou até a ameaçar uma greve nacional, tal qual a de maio de 2018. Diante das reclamações, o então presidente da república, Jair Bolsonaro, ignorou qualquer tipo de mudança na política da Petrobras e sugeriu alterar a estufa de tributação.
Em fevereiro deste ano, o governo federal encaminhou ao Congresso uma proposta de alteração na cobrança do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços. O projeto apresentado prevê que o imposto passe a ter um valor fixo por litro de combustível, ao contrário do que é feito agora, onde cada Estado define a alíquota do ICMS.
No entanto, a ideia não foi bem recebida. Os secretários estaduais de Fazenda criticaram a proposta afirmando que a alta nos preços não tem relação com a política tributária dos Estados. Assim, eles alegam que a Petrobras é a culpada pela má gestão dos recursos.
A Petrobras, por sua vez, disse em nota, que orienta sua política de preços de acordo com o Preço de Paridade Internacional (PPI). Por isso, os preços dos combustíveis são reajustados com base na cotação do barril de petróleo em dólar, que é a taxa de câmbio oficial.
Visto que o petróleo é a matéria prima dos combustíveis, ele costuma ser usado como referência na formação dos preços de produtos que sejam seus derivados, como gasolina e diesel. Sendo assim, a cotação do preço sobe na bolsa de valores. A Petrobras também revisa seus preços.
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