Em 2019, protestos e manifestações eclodiram em diversas cidades do Chile.
Por ter acontecido há somente dois anos e por gerar consequências nos dias de hoje, o tema pode ser cobrado em questões de atualidades das principais provas do país, com um destaque para o ENEM.
Assim, para que você se prepare de forma adequada, o artigo de hoje separou um resumo com tudo o que você precisa saber sobre as manifestações no Chile.
Diversas foram as motivações que provocaram a eclosão das manifestações no Chile.
Em primeiro lugar, podemos citar o aumento no valor da tarifa dos transportes públicos da capital chilena: a cidade de Santiago.
Os principais manifestantes dessa fase inicial das manifestações, que aconteceu no mês de outubro, foram estudantes, que se uniam em torno das catracas dos metrôs para protestar.
Porém, em pouco tempo, as manifestações começaram a sair do controle: a polícia chilena passou a repreender os manifestantes de forma violenta. Os estudantes, por sua vez, decidiram não recuar e passaram a responder aos atos da polícia. Com isso, os protestos ganharam proporções muito grandes e medidas precisaram ser tomadas pelos governantes da cidade.
O aumento das passagens de metrô, estopim dos protestos, foi suspenso, como forma de tentar controlar as manifestações. Porém, os protestos continuaram e, no segundo dia de manifestações violentas, ocasião em que duas igrejas foram incendiadas, o governo decidiu decretar estado de emergência, estabelecendo um toque de recolher.
No fim do mês de outubro de 2019, os protestos voltaram: mais de um milhão de pessoas protestavam pacificamente em Santiago.
O governo decide, então, suspender o estado de emergência e substituir um terço de seu ministério e, em 15 de novembro do mesmo ano, as forças políticas chegam a um acordo para convocar a população para decidir, através de um plebiscito, se o Chile permaneceria com a mesma Constituição ou se ela seria substituída.
Lembre-se de que a população também se manifestava, na segunda fase dos protestos, a se exigindo a elaboração de uma nova Constituição em substituição àquela que estava em vigor, uma vez que essa havia sido deixada pelo regime ditatorial de Augusto Pinochet.
O plebiscito aconteceria em 26 de abril de 2020. Porém, com a chegada da pandemia de COVID-19 no Chile, a sua realização foi adiada para o dia 25 de outubro de 2020.
Na nova data, com participação popular histórica, os chilenos aprovaram a elaboração de uma nova Constituição, com uma porcentagem de 80% de votos a favor.
Ficou estabelecido que a nova carta deveria ser elaborada por 155 parlamentares a serem eleitos em voto popular.