No mês de junho deste ano, o Brasil presenciou a implementação de um inovador programa de descontos sob responsabilidade do Governo Federal, que resultou em uma notável redução nos preços dos automóveis.
De fato, essa iniciativa pioneira promoveu o mais significativo barateamento de veículos registrado em anos. Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o país alcançou o maior recorde de barateamento em 11 anos.
Com isso, a ação governamental teve um impacto imediato e favorável no mercado automotivo, com os consumidores se beneficiando diretamente dos descontos oferecidos.
Afinal, ao longo do mês de vigência do programa, os preços dos carros foram reduzidos em uma expressiva taxa de 2,76%. Apesar disso, a alegria para os consumidores foi passageira, pois a redução nos preços foi efêmera devido ao encerramento do programa de descontos para carros populares, que vigorou apenas por algumas semanas.
Mas, e agora? Qual será o cenário desse mercado após o encerramento do programa? Para que você possa esclarecer essa e outras dúvidas relacionadas, organizamos essa leitura. Vem com a gente.
Antes de tudo, é importante destacar que, apesar da redução de preços dos automóveis populares ter sido revogada, a iniciativa continua valendo para a compra de ônibus, caminhões e vans.
Além disso, a decisão sobre o fim do programa foi justificado pelo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que afirmou não haver mais “espaço fiscal” para expandir a iniciativa.
Assim, apesar dos descontos históricos ofertados, especialistas projetam uma mudança nesse cenário já para o mês seguinte. Com o encerramento do programa de barateamento nos preços dos automóveis, espera-se que os veículos zero-quilômetro apresentem um aumento de 0,7% no índice de inflação a partir de julho, revertendo a tendência de deflação do mês anterior.
Essa projeção é respaldada pelo economista André Braz, vinculado ao FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas).
“Os preços agora voltam para a vigência normal. O consumidor se depara novamente com valores mais elevados“, aponta Milad Kalume Neto, responsável pelo setor de desenvolvimento de negócios da consultoria Jato Dynamics do Brasil.
De acordo com informações do governo, a concessão de incentivos fiscais teve grande participação da montadora Fiat, que liderou a lista com um montante de R$ 230 milhões.
Na sequência, aparecem a Volkswagen e a Renault, com valores de R$ 100 milhões e R$ 90 milhões, respectivamente.
A Hyundai também se destacou, com um total de R$ 80 milhões em descontos concedidos. As demais montadoras listadas abaixo receberam incentivos menores:
Enfim, tudo isso resultou nesses números tão significativos sobre a redução nos preços dos automóveis.
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Em junho, o governo Lula implementou um programa de descontos para carros novos de até R$ 120 mil.
Como resultado, houve uma redução nos preços dos automóveis novos em todas as 16 capitais e regiões metropolitanas analisadas pelo IPCA. Cerca de 125 mil unidades foram vendidas com descontos, o que impulsionou o setor automotivo. Além disso, os preços dos automóveis usados também registraram uma queda de 0,93% no mesmo período.
Ao todo, o programa implementado resultou na liberação de um montante significativo de recursos, totalizando R$ 1,8 bilhão, destinado à redução dos preços dos automóveis zero-quilômetro.
Esse investimento foi direcionado para beneficiar tanto os carros populares quanto as frotas de caminhões e ônibus menos poluentes, visando com isso, promover uma maior sustentabilidade ambiental no setor de transporte.
Dessa forma, a distribuição desses recursos foi feita de forma estratégica para abranger as diferentes categorias de veículos: