O Programa Bolsa Família é uma iniciativa do governo federal que visa auxiliar famílias em situação de vulnerabilidade social por meio de transferência de renda. Recentemente, a Câmara dos Deputados aprovou uma proposta que trará modificações significativas no cálculo da renda familiar mensal para a concessão do benefício.
Neste artigo, vamos explorar as mudanças propostas e como elas podem afetar você e sua família.
A proposta aprovada pela Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados visa alterar o cálculo da renda familiar mensal para o Programa Bolsa Família. Uma das principais mudanças é a exclusão dos recursos auferidos por meio de contratos de safra ou experiência no cálculo da renda familiar.
Além disso, a proposta determina que o desconto de percentuais da renda familiar mensal per capita do Benefício de Prestação Continuada (BPC), recebido por pessoa com deficiência, só será aplicado após uma avaliação da deficiência da pessoa beneficiada.
Para ter acesso ao Programa Bolsa Família, é necessário se inscrever no Cadastro Único, um processo realizado em postos como o CRAS (Centro de Referência de Assistência Social). É importante ressaltar que o fato de estar cadastrado no Cadastro Único não garante automaticamente a inclusão no Bolsa Família.
A renda máxima por pessoa na família para ter direito ao benefício é de R$ 218. Por exemplo, se um membro de uma família de seis pessoas recebe um salário mínimo de R$ 1.412, a renda individual é de R$ 217, possibilitando o direito ao benefício. Mensalmente, o programa identifica automaticamente as famílias elegíveis para receber o benefício.
O substitutivo aos Projetos de lei 3191/23 e 3658/23, proposto pela deputada Laura Carneiro (PSD-RJ), tem como objetivo consolidar as sugestões contidas nesses projetos e aprimorar as medidas previstas. A proposta busca remover barreiras para ocupações transitórias, como contratos de experiência ou de safra, sem que os beneficiários se preocupem em perder os benefícios do Bolsa Família.
A legislação atual do Programa Bolsa Família não considera benefícios temporários concedidos por governos, indenizações recebidas de órgãos públicos ou recursos provenientes de transferências de renda assistencial no cálculo da renda familiar mensal. No entanto, a proposta de substitutivo agrega recursos recebidos por trabalho formal em contratos de experiência ou de safra a essa lista.
De acordo com a deputada Laura Carneiro, é crucial remover as barreiras para essas ocupações transitórias sem que os beneficiários se preocupem em perder os benefícios. Dessa forma, a proposta busca garantir que os recursos auferidos por meio desses contratos não sejam considerados no cálculo da renda familiar para a concessão do Bolsa Família.
Atualmente, o Benefício de Prestação Continuada (BPC) é contabilizado no cálculo da renda familiar mensal per capita. No entanto, a proposta de substitutivo estabelece que o Poder Executivo deverá aplicar descontos após avaliar a deficiência da pessoa beneficiada. Essa avaliação permitirá que o desconto seja aplicado de forma justa, levando em consideração a situação específica de cada beneficiado.
O projeto de lei que propõe as mudanças no cálculo da renda do Bolsa Família será analisado de forma conclusiva pelas Comissões de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça e de Cidadania. É importante acompanhar o trâmite desses projetos de lei por meio do site oficial da Câmara dos Deputados para obter mais informações atualizadas sobre o assunto.
Ademais, as mudanças propostas no cálculo da renda familiar mensal para a concessão do benefício do Bolsa Família pretendem aprimorar o programa e garantir que mais famílias em situação de vulnerabilidade social sejam atendidas. A exclusão dos recursos auferidos por meio de contratos de safra ou experiência e a aplicação de descontos no caso do Benefício de Prestação Continuada são medidas que visam tornar o programa mais justo e acessível.
É importante que os beneficiários do Bolsa Família estejam atentos às alterações propostas e acompanhem o trâmite dos projetos de lei para se manterem informados sobre os possíveis impactos em sua situação. O governo federal está comprometido em oferecer suporte às famílias mais necessitadas e as mudanças no cálculo da renda do Bolsa Família são parte desse esforço contínuo.