Motoristas de aplicativos como Uber e 99 mal intencionados têm utilizado estratégias para aumentar os valores de sua corrida sem que as empresas percebam. Todavia, os criminosos fingem sua posição e, através das tarifas das companhias de transporte conseguem, dessa maneira, elevar o preço cobrado.
Analogamente, o golpe tem até um nome: macete do pescador. O motorista baixa um aplicativo fake, que gera a sua localização. No caso do Uber, ele desabilita o compartilhamento de localização. A função está sempre ativa na configuração do celular. Ele procura as regiões onde as tarifas são mais caras no app rebU.
Em seguida, o motorista escolhe uma das regiões apresentadas. Eles entram no app de GPS fake e escolhem uma região diferente. Depois, o condutor golpista entra novamente no aplicativo do Uber para ligá-lo. Ele então retorna ao programa de localizações falsas e o desliga. O criminoso pode agora começar a sua corrida.
A empresa responsável pelo aplicativo de corridas pensa que o motorista está capacitado para começar a trabalhar. De acordo com seu GPS, ele está em sua localização correta. O criminoso consegue enganar a empresa, visto que de acordo com o app, o condutor está em uma localidade com tarifas mais elevadas.
De acordo com Eduardo Lima, presidente da Associação dos Motoristas de Aplicativo de São Paulo (Amasp), as dicas de como fazer o macete do pescador são fáceis de serem adquiridas, há até um comércio envolvendo a prática. Os motoristas que utilizam da estratégia costumam ter contas falsas para enganar as empresas.
Isso se deve ao fato de que os condutores sabem dos riscos envolvendo a prática e procuram se precaver. As empresas de aplicativos costumam perceber logo o golpe e desligam o sistema prestador dos serviços de transporte. Ademais, a Uber afirma que tenta combater a prática diariamente, realizando uma série de investigações.
A empresa de aplicativos diz que o GPS fake, ou quaisquer formas de adulterar o app, é considerado uma fraude. O primeiro passo, neste caso, é desativar o motorista, desligando-o da companhia. A Uber possui uma página na internet que fala do macete do pescador, entre outras ações criminosas.
Desse modo, a companhia de aplicativo de transporte afirma que estas ações criminosas são atualizadas frequentemente, e, por essa razão, o Uber procura uma maior proteção, modernizando constantemente seus processos. Sendo assim, a empresa busca desenvolver novas tecnologias, envolvendo seu app.
O Uber também procura oferecer um treinamento para seus especialistas em segurança, de modo que eles saibam das novas tecnologias envolvendo os golpes e fraudes envolvendo o uso do aplicativo. No entanto, estas ações estão cada vez mais comuns, inclusive aparecendo em conversas nas redes sociais.
Analogamente, existem pessoas comentando que foram penalizadas ou banidas dos aplicativos de transporte, por conta de golpes relacionados. Em outros casos, os criminosos ensinam como aplicar a fraude. De certo modo, estas mensagens mostram que as plataformas estão em um combate duro contra este tipo de ação.
Não são apenas as empresas de aplicativos de transporte que devem se proteger de golpes e de fraudes envolvendo a tecnologia. Os passageiros solicitam um carro para irem até uma localização. Nesta hora, os criminosos ficam atentos e param o carro na calçada em frente aos passageiros, que acham ser o motorista certo.
Eles tentam se passar pelos motoristas de aplicativos e perguntam aos passageiros se eles estão esperando por um veículo da empresa. A princípio, os criminosos enganam as vítimas devido ao fato de que os carros das companhias como o Uber, por exemplo, não possuem uma identificação externa.
Quem precisa dos serviços dos apps de transportes deve ficar de olho em algumas recomendações, acompanhando o caminho que o motorista está fazendo. Por exemplo, se o app aponta que o condutor vire à direita, e ele vira para a esquerda. Isso indica que há alguma coisa errada e o ideal é parar a corrida.
Em conclusão, os passageiros devem conferir a placa, o modelo e a marca do carro, para ver se está de acordo com a vista pelo aplicativo. Eles também não devem dizer antes o seu nome ao motorista. Enfim, é preciso se certificar de que é o mesmo condutor, e verificar se ele está utilizando o aplicativo.