Na última semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou uma legislação de grande impacto para o INSS, a lei que institui o Programa de Enfrentamento à Fila da Previdência Social (PEFPS).
O programa tem por objetivo agilizar o processo de análise e concessão de pedidos previdenciários. Trazendo, dessa forma, mudanças significativas para a perícia médica realizada pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Uma das principais inovações trazidas por esta nova legislação é a promoção de ações específicas voltadas para a otimização do serviço de perícia médica no INSS.
Com essas mudanças o governo busca tornar a espera dos beneficiários por uma análise mais rápida e eficiente de seus pedidos. Proporcionando assim, uma resposta mais ágil às demandas previdenciárias.
O PEFPS tem uma vigência inicial de nove meses, durante os quais espera-se que o INSS implemente as medidas propostas para enfrentar a fila de pedidos previdenciários.
Contudo, há a possibilidade de prorrogação por mais três meses, totalizando assim doze meses de funcionamento direto do programa.
Vale pontuar que o objetivo dessa extensão é assegurar que as ações propostas tenham tempo suficiente para produzir resultados significativos e duradouros.
A expectativa é que o PEFPS não apenas agilize o processo de análise de pedidos previdenciários, mas também contribua para a melhoria geral do sistema, tornando-o mais eficiente e acessível aos cidadãos.
Enfim, para obter mais informações sobre as mudanças e impactos desse programa, continue a leitura no texto abaixo.
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Com o objetivo de antecipar a liberação de benefícios do INSS e proporcionar uma resposta mais ágil aos segurados, foram implementadas diversas ações que visam otimizar o processo.
Entre as medidas autorizadas, destaca-se a concessão de bônus para servidores que se dedicarem além do horário do expediente.
Os servidores do INSS que contribuírem para a redução das filas terão direito a um bônus de R$ 68, enquanto aqueles envolvidos na diminuição do tempo de espera pela perícia médica federal receberão um bônus de R$ 75.
Com isso, há um incentivo concreto para o empenho dos profissionais em proporcionar um atendimento mais eficiente e célere aos beneficiários.
Outra mudança significativa é a permissão do uso da telemedicina para a realização de perícias. Esta modalidade é aplicável especialmente em municípios com escassez de médicos peritos ou que enfrentam longos períodos de espera.
Assim, a ideia central nesse contexto é a superação de desafios logísticos e melhorar o acesso a serviços essenciais, garantindo uma avaliação mais rápida e eficaz.
Além disso, o texto estabelece a obrigatoriedade do INSS em aceitar atestados médicos e odontológicos pendentes de avaliação para a concessão de licenças por motivos de saúde própria ou de familiares, dispensando a necessidade de uma perícia oficial.
Vale ressaltar que essas ações são direcionadas, sobretudo, aos casos em que os pedidos estão em análise por um período superior a 45 dias ou quando as perícias médicas foram agendadas há mais de 30 dias.
Com essas iniciativas, espera-se uma significativa redução nas filas de espera e uma resposta mais eficiente por parte do INSS. Dessa forma, beneficiando diretamente aqueles que dependem desses serviços previdenciários.
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) tem apostado fortemente na implementação da telemedicina como uma solução para lidar com o expressivo aumento na demanda por perícias médicas.
A instituição reconhece que o número de solicitações que requerem perícia é significativamente superior à disponibilidade de profissionais qualificados para realizar esse tipo de serviço.
Atualmente, existem 3.327 profissionais credenciados, dos quais 2.535 estão em atividade. Em contrapartida, em setembro do ano passado, o INSS registrava 635 mil segurados aguardando por perícia médica.
Se incluirmos os pedidos relacionados ao Benefício de Prestação Continuada (BPC/Loas), esse número ultrapassa a marca de um milhão.
A proposta é que a perícia remota funcione de maneira semelhante ao projeto-piloto testado no ano anterior.
De acordo com esse modelo, o segurado deve comparecer à agência do INSS, em um horário previamente agendado. Posteriormente, será atendido em uma cabine equipada com acesso à internet.