A vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica AstraZeneca contra Covid-19 registrou eficácia de 79% na prevenção de casos sintomáticos da doença, segundo testes de fase 3 conduzidos pela fabricante nos Estados Unidos, Chile e Peru.
Os estudos contaram com a participação de 32.449 voluntários e os resultados apontam que a vacina de Oxford é segura e atinge 100% de eficácia na proteção contra Covid-19 grave. Ela também é segura para idosos e, entre participantes de mais de 85 anos, teve eficácia de 80%.
Dessa forma, assim como visto em testes da vacina de Oxford conduzidos em outros países, o imunizante consegue evitar o aumento de hospitalizações e mortes em decorrência da Covid-19. Ou seja, ela pode ajudar no controle da pandemia.
A diferença entre esses testes e os anteriores está no intervalo entre as duas doses. Nos recentes estudos, o intervalo foi de 4 semanas, enquanto outros ensaios apontam que a vacina pode ser ainda mais eficaz se aplicada com até 12 semanas de diferença, como ocorre no Brasil.
Após os bons resultados, a AstraZeneca deve entrar com pedido de autorização emergencial de uso nos Estados Unidos. No Brasil, a vacina de Oxford teve o registro definitivo aprovado há 10 dias pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Dos mais de 30 mil voluntários dos testes de fase 3, cerca de 20% tinham mais de 65 anos e 60% apresentavam comorbidades associadas à Covid-19, como diabetes, obesidade e doenças cardíacas. Assim, os testes conseguiram concluir que a vacina de Oxford é segura, pois não foram registradas complicações nos voluntários.
Há cerca de duas semanas, a aplicação da vacina de Oxford foi suspensa em diversos países da Europa por conta de casos suspeitos de coagulação. Após análise, a agência de medicamentos da União Europeia concluiu que o imunizante é ‘seguro e eficaz’.
Na sexta (19), o Comitê Consultivo Global sobre Segurança de Vacinas da Organização Mundial de Saúde (OMS) também afirmou que a vacina de Oxford não tem qualquer relação aos casos de trombose observados em alguns países. Os testes de fase 3 concluem o mesmo.