O assoreamento é um fenômeno natural que pode interferir diretamente no curso dos rios, córregos e lagoas, contudo, a interferência do homem no meio ambiente tem agravado o desenvolvimento desse processo.
O assoreamento das águas acontece através da presença de sedimentos como solo, lixo, entulho e esgoto que escoam por meio das chuvas ou ventos e acabam depositados no fundo do rio.
Além disso, por consequência da falta de vegetação nas margens dos rios, conhecida como “mata ciliar”, podendo causar danos irreversíveis, inclusive a perda de espécies ou do próprio curso da água.
O assoreamento dos rios poderá aparecer em questões de vestibulares e no Enem. Por isso acompanhe o artigo e fique por dentro do assunto!
As matas ciliares são as responsáveis por proteger os rios e as lagoas onde estão localizadas, próximas às nascentes. Elas auxiliam na diminuição do impacto dos processos erosivos.
Trata-se de uma vegetação ribeirinha com grande importância biológica, afinal evitam a erosão fluvial, assegurando o curso das águas, agindo como uma espécie de barreira, obstáculo e filtro.
Em síntese, elas impedem a entrada de sedimentos nos rios, conservando o solo de suas margens. Desse modo, o solo acaba formando um grande barco de areia no fundo dos rios ou lagos.
Esse processo resulta no alargamento dos rios, diminuindo sua vazão e profundidade. Além disso, a água acaba ficando turva, impossibilitando a entrada de luz e dificultando na reprodução de várias espécies.
Ademais, por conta do desmatamento para o desenvolvimento da agricultura e pecuária, às margens dos rios acabam afetadas, levando o processo de erosão das áreas próximas.
Entretanto, para a diminuição do assoreamento acontecer faz-se necessário a preservação das mata ciliares, assim como o seu cultivo.
No entanto, uma política séria de saneamento básico eficaz como o descarte do lixo doméstico e industrial em áreas devidas, também podem fazer a diferença.
Todavia, para os rios que já passam com o assoreamento, passar pelo processo de “desassoreamento” poderá aumentar a vazão dos rios. Através da drenagem, retirando das águas o acúmulo de sedimentos.
Por fim, vale destacar que o assoreamento está ligado a erosão por conta da desagregação das rochas no solo. Elas acabam indo parar nos rios e lagos, promovendo o acúmulo de sedimentos, resultando no assoreamento.
Dessa maneira, acabam afetando o curso natural da água, podendo prejudicar a reprodução de várias espécies, podendo levá-las à extinção.
Por consequência, dependendo da área afetada no sentido de impedir a navegação, pode tornar-se responsável por exemplo por causar diversas enchentes urbanas.
O “Velho Chico”, responsável por ligar o Centro Sul ao Nordeste do Brasil. Acabou tornando-se pauta de ambientalistas nas últimas décadas devido o processo de assoreamento que ele vem enfrentando.
A saber, por conta disso diversos problemas surgem como a dificuldade na reprodução de espécies e até mesmo pode-se tornar impossibilitada a navegação em alguns trechos.
Todavia, alguns fatores como a falta de chuvas, desmatamento acelerado e excesso de poluição, prejudicam notoriamente o trajeto entre Petrolina (Pernambuco) e Juazeiro (Bahia).
Além disso, segundo especialistas que realizaram estudos pelo CBHSF “Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco” e observaram queda no volume total do rio que chegou a 35% nas últimas 4 décadas, tornando um dos rios que mais perderam água no continente.
E então, gostou de saber um pouco mais sobre o assoreamento dos rios?
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