As Revoluções Burguesas, como o seu próprio nome afirma, foram protagonizadas pela burguesia, classe recém-formada e que almejava uma maior liberdade econômica, política e jurídica.
O assunto aparece com grande frequência nas principais provas de história do país, com destaque para aquelas de primeira e segunda fase dos vestibulares.
Protagonizadas pela burguesia, as Revoluções Burguesas foram fundamentais para o fim do absolutismo na Europa. A nova classe possuía aspirações econômicas que buscavam o desenvolvimento do capitalismo e do comércio. Porém, mesmo formando um grupo poderoso economicamente, a burguesia ainda era dominada pela Monarquia e pela Igreja em âmbito político e jurídico. Nesse sentido, as revoluções buscavam o fim do absolutismo monárquico e eclesial para que um maior liberalismo econômico pudesse se instaurar.
Embora tenham ocorrido diversas Revoluções Burguesas nos mais variados períodos e locais, existem três que merecem destaque. São elas: a Revolução Puritana, a Revolução Gloriosa e a Revolução Francesa. Elas foram fundamentais para a saída do absolutismo e adesão ao capitalismo na Inglaterra e França, além de se propagarem por outros países europeus.
É durante o reinado da Dinastia Stuart que o confronto entre a monarquia e o parlamento inglês tem início. De um lado, o absolutismo, representado pela figura do rei, buscava manter os seus privilégios e a sua hegemonia. De outro, estava a burguesia, que almejava uma maior liberdade econômica, política e jurídica. Ainda, existia também a questão religiosa, uma vez que o rei da época, Carlos I, era católica, enquanto a maioria (incluindo o parlamento) do país era protestante.
A Revolução Puritana acabou no ano de 1651 e resultou na condenação do rei Carlos I à morte. Além disso, com o fim da monarquia, Oliver Cromwell assume o poder e inicia um governo republicano.
Alguns historiadores afirmam que a Revolução Gloriosa não seria um movimento isolado, mas sim uma continuação da Revolução Puritana.
Com a morte de Oliver Cromwell, no ano de 1658, a Inglaterra voltou a ser governada por um rei católico, Jaime II. Com isso, a Igreja Católica retomou os seus cargos de privilégios e o seu destaque nos mais diversos ambientes do país.
Assim, Maria Stuart, e seu marido, Guilherme de Orange, que moravam na Escócia, foram convidados pelos revoltosos a participarem da conspiração. Isso porque, o casal era protestante, assim como a maioria dos membros do Parlamento.
Com a fuga de Jaime II para a França, no ano de 1688, ambos são coroados e tem início uma nova monarquia parlamentar. Porém, essa não será absolutista, uma vez que com a Declaração dos Direitos (Bill of Rights), o poder do monarca inglês passa a ser limitado
Enquanto a Inglaterra já vivenciava o início da industrialização, a França se encontrava no meio de uma grave crise econômica, causada principalmente pelos gastos excessivos de sua corte.
Ainda, o Rei Luís XVI se opunha a qualquer tipo de industrialização no país, o que fazia com que a economia francesa ainda fosse caracterizada por resquícios feudais. O rei Luis XVI convoca a Assembléia dos Estados Gerais em maio de 1789. O 3O estado, indignados com a atual situação e a falta de preocupação do rei convocam uma reunião separada: a Assembléia Nacional Constituinte.
Em 1789, o povo e a burguesia pegam em armas. No dia 14 de julho, ocorre a Tomada da Bastilha agosto do mesmo ano, instaura-se o Grande Medo, período em que muitas pessoas foram perseguidas e mortas. No ano de 1972 é proclamada a República Francesa e o rei é condenado à morte. Proclama-se também a Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão e o fim dos privilégios feudais.