Para os atletas, torcedores e profissionais de imprensa, os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro foram inesquecíveis. Para os numismatas também, mas por um motivo diferente. O evento em questão acabou disponibilizando um grande grupo de moedas raras que estão em circulação até hoje no Brasil.
As moedas de 1 real que fazem uma homenagem aos Jogos Olímpicos de 2016 foram postas em circulação pelo Banco Central (BC) no decorrer dos últimos anos. Muitas dessas peças ainda podem ser encontradas em trocados no comércio, por exemplo.
Isso significa que você não precisa ser um profissional da área da numismática para ter acesso aos exemplares em questão. Basta prestar bastante atenção ao trocado que você recebe para entender se o item que você tem em mãos pode valer muito dinheiro, ou não.
Tomando como base os catálogos numismáticos mais atualizados, é possível afirmar que existem 8 moedas de 1 real das Olimpíadas que já valem mais de R$ 200. São peças que podem estar na sua casa neste exato momento e que podem valer muito dinheiro para os colecionadores.
Embora as moedas de 1 real das Olimpíadas sejam parecidas com as outras, elas possuem algumas características especiais que as diferenciam das demais.
Para ajudar nesse processo de identificação, listamos abaixo um grupo com as principais características das moedas de 1 real das Olimpíadas de 2016, tomando como base as informações disponibilizadas pelo Banco Central (BC):
Os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro foram realizados em agosto daquele ano na cidade do Rio de Janeiro. Aquela foi a primeira vez que uma edição olímpica foi realizada na América do Sul. Quase todas os países do mundo enviaram atletas aos jogos em questão.
Naquela ocasião, o evento foi realizado em um contexto de grande ebulição política no país, já que a então presidente Dilma Rousseff (PT) foi retirada do cargo de chefe do executivo apenas alguns dias antes dos Jogos. Quem abriu a Cerimônia de Abertura foi o seu vice-presidente, Michel Temer, que tinha acabado de assumir o poder.
Antes de toda esta polêmica, o Banco Central (BC) decidiu lançar as moedas comemorativas, que viraram uma espécie de febre entre os colecionadores. A cada ano que passa, os exemplares se tornam mais raros, e já podem ser vendidos por um alto valor quase dez anos depois da realização dos Jogos.
Mas afinal de contas, quais são os valores indicados para as moedas de 1 real das Olimpíadas, e por que 8 delas já passam dos R$ 200?
Segundo informações de numismatas, para que a peça de 1 real das Olimpíadas seja considerada valiosa e passe dos R$ 200, é necessário que elas contem com uma característica específica conhecida no meio da numismática como reverso horizontal.
Abaixo você pode ver uma lista de peças que podem passar dos R$ 200 caso tenham o reverso horizontal, segundo os catálogos numismáticos mais atualizados:
Mas afinal de contas, o que seria uma moeda com reverso horizontal? Para entender esta pergunta, é necessário sabe que o Brasil adota um sistema de padrão reverso moeda, ou seja, eixo horizontal (EH). As moedas que fogem deste padrão exigido são conhecidas como reverso horizontal, e são consideradas muito raras.
Basicamente, as moedas com reverso horizontal são aquelas que possuem o reverso com alinhamento contrário ou horizontal ao alinhamento original. Na prática, para saber se uma moeda tem este defeito, basta segurar a peça com a face em posição normal virada para você. Logo depois, basta girar de baixo para cima.
Se o outro lado estiver de cabeça para o lado, estamos falando de uma moeda com reverso horizontal, ou seja, uma peça valiosa. Vale frisar que qualquer item pode ser reverso horizontal. Até mesmo centavos podem ter este tipo de defeito. Em todos os casos, a peça poderá valer mais.
“Mas definir valor comercial à essas moedas é algo relativamente complicado, principalmente porque, como foram produzidas como erros durante o processo de cunhagem, não há registros da quantidade de moedas emitidas”, diz o especialista Plínio Pierry.