Está oficialmente aprovada a criação do FGTS Futuro para financiamento de casas. A aprovação ocorreu pelo Conselho Curador do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Todos os acionistas votaram pela aprovação do texto, que deve ajudar famílias que tenham uma renda bruta registrada de até R$ 2,4 mil.
Segundo as informações oficiais, a sugestão da regulamentação da medida partiu do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR). A aprovação do benefício acontece apenas a 12 dias do segundo turno das eleições presidenciais. O presidente Jair Bolsonaro (PL) disputa a reeleição contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O FGTS Futuro é uma espécie de financiamento que o cidadão poderá fazer contando com o dinheiro que ainda não foi depositado oficialmente pelo seu empregador. Internamente, membros do governo estão classificando o projeto como um “FGTS consignado”. O cidadão usa o saldo e depois tem descontos nas parcelas a receber em suas contas.
Poderão solicitar o dinheiro as pessoas que possuem contas vinculadas ao Fundo de Garantia e que tenham uma renda mensal bruta de até R$ 2,4 mil. O trabalhador que vai autorizar o caução. Além disso, o agente que está financiando o crédito terá que informar ao cliente dados como a capacidade de pagamento com ou sem o calção.
Não é obrigatório ao cidadão usar todo o saldo disponível no possível financiamento. Trata-se, portanto, de uma escolha do trabalhador. O Governo Federal afirma que o FGTS Futuro poderá elevar a capacidade de pagamento e reduzir a taxa de juros cobrada pela instituição financeira que for escolhida pelo trabalhador.
O conselheiro representante do Ministério do Desenvolvimento Regional, Helder Melillo, disse que a medida vai permitir que pessoas mais pobres consigam entrar no crédito imobiliário. Na apresentação da proposta, ele projetou que os cidadãos poderão colher frutos melhores.
“Uma família com uma renda, e ela consegue acessar um financiamento com a prestação de R$ 500, só que o imóvel que ela deseja, ela teria que pegar um financiamento que a prestação sairia por R$ 600. Então a partir dessa medida, ela vai poder utilizar o crédito futuro que ela tem, para fazer essa complementação.”, disse o conselheiro.
“(A medida) dá mais liberdade para a família. Ela tem mais uma opção do que fazer com esse recurso que ela tem direito, e ela vai ajudar. Vai ser um importante instrumento para que a família consiga a sua moradia própria”, completou ele.
Assim como acontece em um empréstimo consignado, o cidadão precisa analisar a sua situação financeira para entender se este tipo de crédito é ou não positivo para a sua família. Ele deve levar em consideração todas as regras gerais do sistema.
Vale lembrar, por exemplo, que os valores bloqueados do FGTS Futuro ficarão indisponíveis para demais movimentações e o beneficiário não vai conseguir sacá-los em nenhuma hipótese. Este é um ponto que o cidadão precisa considerar antes de tomar uma decisão.