O número de policiais militares que tiveram que se afastar do trabalho por causa da Covid-19 despencou no estado de São Paulo. Essa queda está acontecendo logo depois do início da vacinação para esse grupo de trabalhadores na região.
De acordo com informações da própria Polícia Militar de São Paulo, em média 1700 policiais precisavam se afastar do trabalho por causa da Covid-19. Essa era portanto uma média semanal. Depois da vacinação, essa média caiu para a marca dos 300 policiais.
Ainda de acordo com a PM local, cerca de 96% desses profissionais tomaram a vacina no estado. Tudo faz parte portanto de uma estratégia de imunização dessa classe. Esse efetivo recebeu, pelo menos, a primeira dose das vacinas da Coronavac ou da Astrazeneca.
A imunização dessa classe trabalhista era um pedido antigo desses policiais. Eles argumentavam que os agentes militares estavam em constante contato com milhares de pessoas todos os dias. Isso porque eles precisavam circular pelas cidades com frequência.
De acordo com a PM, a queda no número de policiais doentes com Covid-19 no estado foi de 80% desde o início da vacinação. Eles consideram esse resultado melhor do que esperavam. Isso porque a grande maioria nem chegou a tomar a segunda dose ainda.
De acordo com informações da Secretaria Nacional de Previdência, o Brasil vem registrando este ano um aumento significativo de afastamentos do trabalho por causa da Covid-19. No ano passado, esse era apenas o terceiro motivo para a saída do emprego.
Em 2021, no entanto, essa é a doença que mais afasta os empregados dos seus empregos. De acordo com o INSS, o país tem hoje mais pessoas fora do trabalho por causa da Covid-19 do que por dor nas costas, que é tradicionalmente a doença trabalhista mais comum.
Os dados revelam portanto o motivo da preocupação de várias classes trabalhistas. Em São Paulo, por exemplo, os agentes chegaram a temer que o grande número de afastamentos pudesse ter impacto no número de agentes prontos para realizar os seus serviços nas ruas.
Além dos policiais, outras classes trabalhistas também querem essa prioridade no processo de vacinação contra a Covid-19. É o caso dos professores, por exemplo. Sindicatos que representam esses trabalhadores dizem que esses profissionais precisam da vacina para voltar a trabalhar presencialmente.
Quem também está pedindo essa prioridade são os motoristas e cobradores de transportes públicos. Em algumas cidades, como Cuiabá, o processo de vacinação para essas pessoas começou. No entanto, na maioria dos lugares ainda não é possível usar o imunizante.
Recentemente, os atendentes da Caixa Econômica também pediram essa prioridade. Aliás, eles até chegaram a realizar uma pequena parada de advertência. Eles alegam que precisam da vacina porque estão em contato diário com milhares de pessoas.