O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) recentemente acusou Rodrigo Maia, presidente da Câmara, de não votar a 13ª parcela do Bolsa Família. Bolsonaro afirmou que não haverá 13º do Bolsa Família no ano que vem porque Maia deixou a Medida Provisória (MP) perder a validade. Depois disso, Maia reagiu.
“Já que o governo quer o 13º do Bolsa Família, vão poder defender a medida na MP do auxílio”, afirmou Maia ao blog da Andréia Sadi, do G1. Maia também chamou Bolsonaro de “mentiroso”.
O presidente da Câmara pautou para essa sexta-feira (18) a Medida Provisória (MP) que prorrogou o auxílio emergencial até dezembro de 2020, acrescentando o pagamento do 13º do Bolsa Família este ano. Agora, o governo de Bolsonaro tenta reverter o cenário e convencer Rodrigo Maia a retirar esse item da pauta do dia.
Ricardo Barros, líder do governo na Câmara dos Deputados, afirmou que o relatório não está pronto e que acredita que o item não será votado hoje. Então, Ricardo Barros trabalha para que Rodrigo Maia tire da pauta de vez, com receio de que a Medida Provisória seja discutida na próxima segunda-feira (21).
“O 13º do salário do Bolsa Família. Não teve esse ano porque o presidente da Câmara deixou caducar. Cobra do presidente da Câmara”, afirmou Bolsonaro em sua habitual live de quinta-feira. O governo acredita que Maia está “retaliando” Bolsonaro após a declaração ao pautar a Medida Provisória do auxílio.
Por afirmar que não há fonte de financiamento definida para o projeto, o intuito do governo é retirar o tema de pauta. O governo alegou que não há acordo com partidos para votação da Medida Provisória.
A equipe econômica de Jair Bolsonaro teme que essa votação da Medida Provisória abra brecha para uma prorrogação do auxílio emergencial para 2021. Nesse cenário, o governo precisaria afirmar publicamente que não pode votar, desgastando a imagem de Bolsonaro.