Por ser o continente mais meridional, a Antártica é o lar do Polo Sul e de uma fascinante população de animais adaptados especificamente ao seu ambiente hostil.
Devido às condições de frio e vento, muitos residentes locais – como por exemplo baleias, pinguins e focas – dependem de gordura, penas à prova d’água, assim como sistemas circulatórios exclusivos para sobreviver. Pássaros como a andorinha-do-mar ártico também evoluíram para se defender em terra e caçar nas águas geladas.
Veja cinco dos animais mais incríveis que chamam de lar a Antártica.
As orcas são uma das espécies mais reconhecidas na Antártica. Encontradas em oceanos de todo o mundo, essas baleias são especialmente adequadas para as águas geladas da Antártica. A saber, elas têm uma camada de gordura que as ajuda a manter o calor do corpo enquanto mergulham a profundidades de mais de 123 metros.
Esses belos animais também se mantêm aquecidos viajando em grupo e podem nadar até 30 metros por hora graças à sua estrutura hidrodinâmica, nadadeira dorsal e nadadeiras peitorais. A eco localização permite que eles se comuniquem uns com os outros e encontrem comida.
Os pinguins-imperadores são os maiores pinguins e estão entre os mais carismáticos devido aos seus hábitos de reprodução únicos. Logo após botar um único ovo, a fêmea o passa para seu parceiro para incubação e sai em busca de comida – às vezes viajando 50 milhas até o oceano. Durante este tempo, o macho jejua por mais de 100 dias enquanto incubando seu ovo e aguardando o retorno da fêmea.
Na água, os pinguins-imperadores podem mergulhar a até 1.850 metros (o mais profundo de qualquer ave), assim como podem permanecer submersos por mais de 20 minutos. Em terra, a saber, esses animais se aquecem juntando-se em grupos.
Como as maiores focas da Terra, os elefantes-marinhos machos crescem até cerca de 13 metros. Esse animais podem mergulhar até cerca de 8.000 metros de profundidade. E podem passar cerca de 90% de suas vidas caçando peixes, lulas, tubarões e outras presas debaixo d’água.
Isso é facilitado em parte por seu sistema circulatório único, que desvia o sangue de sua pele para o coração, pulmões e cérebro. As focas-elefante também têm a capacidade de armazenar sangue com baixo teor de oxigênio durante os mergulhos. Além disso, dependem da bradicardia, em que sua frequência cardíaca diminui para controlar seus níveis de oxigênio.
O krill antártico tem uma densidade populacional em torno de 280 a 850 krill por pé cúbico, o que o torna uma das espécies mais abundantes da Terra e uma importante fonte de alimento para animais maiores na Antártica. De acordo com um estudo americano, estima-se que existam mais de 400 milhões de toneladas de krill antártico nas águas que cercam o Pólo Sul.
Por causa disso, o krill antártico é uma espécie-chave na região – o que significa que, sem ele, as teias alimentares do Oceano Antártico entrariam em colapso. Os minúsculos crustáceos são em sua maioria transparentes com alguma coloração laranja a vermelha pontuada com grandes olhos pretos.
Como os pinguins e outros animais que vivem na Antártica, as focas-leopardo têm gordura espessa para reter o calor do corpo. Seus corpos também são aerodinâmicos e extremamente musculosos. Isso os ajuda a nadar até 38 quilômetros por hora e a mergulhar a profundidades de cerca de 250 metros para capturar suas presas.
Além do mais, as focas-leopardo têm narinas que podem ser fechadas para impedir a entrada de água durante o mergulho. A saber, outras adaptações úteis incluem olhos grandes para maximizar a entrada de luz debaixo d’água e bigodes que os ajudam a sentir o movimento durante a caça.
E então, gostou de conhecer essa lista de animais da Antártica?
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