A vida do brasileiro não tem sido fácil, e uma notícia nada positiva é o aumento do preço dos alimentos que apresentou alta de 2,42% em marco, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
E o impacto é significativo já que os alimentos subiram mais de 50% quando é levado em conta o acumulado de 12 meses. Com isso, os mais pobres devem ser os que sofrem mais, num cenário nada positivo.
Para se ter uma ideia, o preço do salário mínimo ideal, suficiente para despesas básicas com alimentos, aluguel, saúde, educação, deveria ser R$ 6.394,76 em março, de acordo com as estimativas do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Os resultados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) destacam 10 itens com maiores aumentos.
O economista da Universidade Estadual da Universidade de Campinas (Unicamp) Felipe Queiroz, afirmou que os aumentos pesam no peso dos mais pobres. “Isso traz várias consequências negativas, como o subconsumo, desnutrição, situação de precariedade. O que nós vimos no ano passado, com pessoas procurando ossos no lixo, é a expressão real desse processo avassalador da inflação no Brasil“, disse ele ao portal Metrópoles.
NOVO cronograma com datas para liberação de valores esquecidos
O nutricionista Bruno Redondo, entrevistado pelo portal Metrópoles, afirmou que a consequencia desta alta é que as pessoas busquem alimentos mais baratos, independente de outros fatores. “Os alimentos industrializados são muito mais baratos. Um pacote de biscoito, por exemplo, sai pelo valor de R$ 3, enquanto um maço de alface custa entre R$ 6 e R$ 7. As pessoas estão mais preocupadas em saciar a fome delas do que comer bem. Infelizmente, essa é uma realidade muito presente no nosso país”,
O profissional ainda aponta que o consumo excessivo pode refletir na saúde do brasileiro. “Esses alimentos são péssimos na questão nutricional por terem carboidratos e gordura em quantidades desproporcionais ao nosso dia a dia. Os principais prejuízos são doenças crônicas como hipertensão e diabetes”, destacou.
Uma das explicações para esta alta não está só no clima e na inflação, mas também no preço dos combustíveis. este último incide sobre o frete e pressiona ainda mais os preços dos alimentos.