A última Copa do Mundo foi realizada em 2018 na Rússia, com a seleção da França se consagrando como a grande campeã. Parece que os jogos foram ontem, no entanto, muita coisa mudou nestes últimos quatro anos. O Brasil precisou de muito esforço para controlar a pandemia de covid que assolou o mundo e a inflação no período.
Todavia, a crise econômica causada pelo lockdown, onde inúmeras empresas e lojas comerciais tiveram que fechar as suas portas, trouxe inúmeras dificuldades para a população. De fato, este intervalo entre as duas Copas do Mundo foi diferente de tudo que já vimos, incluindo a volta da inflação.
Alguns itens consumidos pela população ficaram 100% mais caros. De acordo com o Índice de Preços no Consumidor Amplo (IPCA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação acumula um crescimento de 26,7% entre os meses de julho de 2018 a outubro de 2022.
Isso quer dizer que neste momento importante para os brasileiros, a torcida pela seleção deverá ficar mais cara que no passado. Aliás, uma pesquisa feita pela XP Investimentos, constatou que houve uma alta expressiva, de cerca de 100% de alguns produtos consumidos pela população desde a última Copa do Mundo.
Podemos destacar alguns itens que tiveram uma grande alta de 2018 a 2022 como o pacote de figurinhas relacionado à Copa do Mundo que ficou 100% mais caro. Alguns produtos como a carne, por exemplo, fez com o que o churrasco em dia de jogo ficasse muito mais dispendioso para os torcedores. Ela subiu 75% no período.
Outro item muito utilizado na época da Copa do Mundo é a camisa da seleção brasileira. De 2018 para cá ela ficou 40% mais cara, O refrigerante subiu 26,5%, a cerveja 23% e os televisores em todo o país, tiveram uma alta de 9,8%. Aliás, todos os itens são relacionados à Copa do Mundo no Catar.
Paralelamente à Copa do Mundo, há um campeonato internacional sobre qual país irá controlar melhor a sua inflação. O cenário de alta de preços afeta todas as nações como um todo, visto que a crise da pandemia afetou todo o planeta. Algumas regiões têm se destacado no controle de preços ao consumidor.
Vale ressaltar que os países ainda sofrem com as dificuldades apresentadas durante o ápice da pandemia, há dois anos atrás. Há uma série de riscos econômicos e políticos que vem atrapalhando o sistema financeiro das nações como um todo, sendo necessário medidas para conter a inflação.
Diversos países apresentaram medidas diferenciadas em busca de conter a alta de preços. Muitos deles retornaram à mesma situação econômica do período anterior à crise da covid já em 2021. Alguns ainda sofrem com o cenário de alta inflação até o momento, apresentando uma dificuldade de recuperação.
Deve-se observar que a pressão inflacionária se tornou um desafio e tanto para várias nações, sendo um reflexo do desequilíbrio econômico em meio à crise. De acordo com projeções do Fundo Monetário Mundial (FMI), no período entre 2019 a 2022 países como Brasil, Argentina, Espanha e Uruguai perderiam a Copa do Mundo da Inflação já no primeiro turno.
Já a Inglaterra e a França, dois países importantes na Copa, têm tido um bom resultado no controle da inflação. Camarões, por exemplo, está no meio termo, acumulou uma alta de preços de 10% no período, sendo então desclassificado. Analogamente, o Brasil, nos últimos quatro anos, apresentou um crescimento de 23% no índice de preços ao consumidor de vários produtos.
Espera-se que a inflação de 2022 medida pelo IPCA no Brasil, fique em 5,6%, um pouco acima do teto estipulado pelo Banco Central (BC). O governo vem tentando conter o índice de preços com algumas estratégias, como a redução do ICMS de produtos e serviços, alta dos juros e programas sociais.
O país apresentou este ano uma deflação durante três meses, de julho a setembro, o que trouxe um certo alívio para o bolso dos brasileiros. Com a chegada da Copa do Mundo do Catar no dia 20 de novembro deste ano, será preciso gastar um pouco mais para que se possa torcer pela seleção com amigos e familiares.