O MEC (Ministério da Educação) lançou nesta sexta-feira (27), em Brasília, um jogo eletrônico voltado para a fase da alfabetização. Indicado para crianças entre 4 e 9 anos de idade, trata-se de um game que roda em celulares, tablets ou computadores.
O jogo, chamado Graphogame, foi desenvolvido por pesquisadores finlandeses. A saber, o Brasil não é o primeiro a testar a ferramenta. Na verdade, sua utilização já acontece em cerca de 30 países.
E para atender a todos de maneira eficiente nesses locais na missão de alfabetizar os pequenos, teve sua tradução feita para um total de 25 línguas.
No caso do Brasil, o Instituto de Cérebro, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul liderou uma atualização no game. Afinal, precisou receber insights da língua portuguesa, fazendo-se valer para o ensino total no nosso idioma.
O aplicativo funciona aplicando uma metodologia que desenvolve o potencial da criança de identificar sons da língua oral. Além disso, exalta a relação dessas sonoridades com figuras, ajudando ainda mais na captação dos significados do que se lê e escreve. De acordo com especialistas, esse método chama-se instrução fônica.
Pesquisas científicas indicam que o jogo mostra resultados importantes sobretudo quando utilizado pela criança juntamente com um tutor. Ou seja, ao lado de um adulto auxiliando em cada etapa.
De acordo com as instruções do app, 15 minutos diariamente já basta para que as crianças fixem o conteúdo de um modo lúdico. Funciona como um agregador ao aprendizado rotineiro.
Por conta da pandemia, entretanto, a utilização do aplicativo deve acontecer remotamente. Desse modo, não há meios para que os educadores façam intervenções nessa atividade.
“Não há previsão de licenciamento para professores acompanharem online a evolução das crianças, o que não é considerado crucial para a ferramenta, mas o Instituto do Cérebro comandará um estudo de impacto ao longo de 12 meses, prazo de validade do contrato – o governo pretende renovar sua licença”, informou o ministério.
Segundo o ministro da Educação, Milton Ribeiro, o programa deve servir para adicionar mais uma forma de aprender. “Esse programa não visa substituir o professor. É apenas uma ferramenta de apoio à alfabetização”, ponderou.
Gratuito para sistema operacional Android e IOS ou Windows, o app de alfabetização funciona sem a necessidade de dados móveis ou wifi. Portanto, poderá auxiliar sem problemas estudantes de baixa renda matriculados em escolas públicas.
O secretário nacional de Alfabetização, Carlos Nadalim ressaltou que, das 130 mil escolas públicas brasileiras, 126 mil acessam a rede mundial de computadores. Isso permite que o programa seja instalado nos equipamentos das famílias interessadas.
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