A chegada iminente de um ciclone extratropical resultou no aumento do nível de alerta em determinadas regiões do país, conforme indicado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Mas você sabe como esses fenômenos se formam e por que se tornaram mais comuns recentemente no Brasil? Confira informações importantes!
Primeiramente, para entender a formação dos ciclones, é importante lembrar que a atmosfera da Terra exerce pressão sobre a superfície do globo. Em suma, é como a história do submarino Titan e a pressão do oceano, mas em sentido contrário. Já que a pressão atmosférica é maior ao nível do mar e diminui à medida que a altitude aumenta, uma vez que mais ar significa mais peso.
Os ciclones, por sua vez, são sistemas de baixa pressão atmosférica, ou seja, regiões que causam condições adversas em grande escala, explica o meteorologista Bruno Bainy, do Centro de Pesquisas Meteorológicas da Unicamp. Desse modo, em outras palavras, os ciclones “puxam” o ar quente e úmido da superfície e o lançam para cima, formando nuvens de chuva.
Também conhecidos como furacões ou tufões, eles se formam em regiões equatoriais sobre os oceanos, obtendo energia do calor retirado dos mares.
Em resumo, surgem preferencialmente em latitudes médias e são formados devido ao contraste de temperaturas entre diferentes massas de ar (quente e fria).
Por fim, esses ciclones possuem características dos dois tipos anteriores. Normalmente, sua formação ocorre quando um ciclone extratropical se desenvolve sobre as águas oceânicas e encontra temperaturas mais elevadas na superfície do mar.
Dessa forma, os ciclones extratropicais são característicos da Região Sul do Brasil e são comuns nesta época do ano, especialmente quando há influência do fenômeno El Niño, caracterizado pelo aumento das temperaturas. Eles têm se tornado mais frequentes, e isso pode ser explicado pelas mudanças climáticas.
Embora seja difícil estabelecer uma relação direta de causa e efeito, é inquestionável que os eventos extremos estão sendo potencializados pelas mudanças climáticas, segundo especialistas. Contudo, devido aos efeitos diferentes do aquecimento global em diferentes regiões do mundo, ocorrem secas em alguns lugares e enchentes em outros.
Assim, nesse contexto, buscar soluções e ferramentas para reduzir nossa vulnerabilidade diante da crise climática torna-se essencial. De modo geral, na prática, isso significa adotar respostas efetivas para esses problemas. Tais como a implementação de projetos de barragens marítimas para conter o aumento do nível do mar, preparação para períodos de chuvas mais intensas, entre outras ações.
Em suma, os ciclones extratropicais são sistemas atmosféricos de baixa pressão que resultam em condições climáticas adversas em ampla escala. Visto que eles se formam devido ao contraste de temperaturas entre massas de ar quente e frio.
A incidência desse tipo de fenômeno aumentou no Brasil recentemente. De forma sucinta, esse aumento está relacionado às mudanças climáticas, que potencializam os eventos extremos. Dessa forma, diante desse cenário, é fundamental adotar medidas efetivas para enfrentar os desafios impostos pela crise climática e buscar soluções que reduzam nossa vulnerabilidade diante desses fenômenos.
É muito importante que a população se mantenha atualizada quanto a previsão de tais fenômenos nas localidades espalhadas pelo país. Além disso, as empresas também precisam criar sistemas de home office para situações emergenciais.
Assim, objetivando a diminuição do número de pessoas circulando pelas ruas em dias nos quais os ciclones estejam previstos para determinadas regiões. Já que a elevação dessa situação precisa ser considerada na rotina das cidades.