Motoristas de aplicativo de todo o país devem paralisar as suas atividades no dia 15 de maio. Eles têm como objetivo obter melhores condições de trabalho e aumentar os repasses relacionados à suas corridas. Aliás, este tipo de serviço se tornou comum não só no Brasil, mas em todo o mundo, com milhões de profissionais.
Analogamente, o motorista de aplicativo é um profissional autônomo, que realiza suas atividades no dia a dia, em um veículo próprio, alugado, ou até mesmo emprestado, que transporta os passageiros para os seus destinos. Eles utilizam o serviço de empresas de app, como a Uber, 99, Cabify, inDriver, Lady Driver, etc.
Em síntese, o motorista de aplicativo funciona como se fosse um táxi. Os passageiros podem contactá-los através de um simples toque em seu app. No entanto, existem diversas críticas relativas ao serviço oferecido por estas empresas. Dessa maneira, os profissionais do setor irão paralisar no dia 15 de maio.
Sendo assim, os usuários que utilizam o serviço rotineiramente, devem ficar atentos a data, visto que será difícil contactar um profissional para levá-los ao seu destino. Todavia, é preciso se preparar para evitar quaisquer imprevistos durante a paralisação destes profissionais. Será difícil achar um motorista de aplicativo.
Os motoristas não estão em busca apenas de aumentar os valores de suas corridas, eles reivindicam uma maior segurança no trabalho, como por exemplo, o desenvolvimento de medidas de proteção contra assaltos e violência nas grandes cidades.
Desse modo, vale ressaltar que a categoria foi criada há cerca de sete anos, e que até o momento, não houve um reajuste na tarifa que deve ser paga aos motoristas de aplicativo. Atualmente, o valor do quilômetro está em R$1,30. Por essa razão, os profissionais de transporte têm buscado alterações na cobrança do serviço.
Representantes dos motoristas de aplicativo afirmam que o objetivo do protesto não é de prejudicar os usuários, mas levar a mensagem de que os profissionais e as empresas necessitam uns dos outros. De outra maneira, o serviço não funciona como deveria, prejudicando os trabalhadores que recebem menos do que deveriam.
Houve uma paralisação dos profissionais autônomos no dia 2 de maio, que aconteceu na cidade de Goiânia, estado de Goiás. Agora, espera-se que haja uma greve em todo o território nacional. Na cidade de Curitiba, por exemplo, profissionais da Uber e da 99 devem se encontrar às 7h, no aeroporto Afonso Pena.
Estima-se que a paralisação dos motoristas de aplicativo seja silenciosa, que não haverá uma grande movimentação, nem uma manifestação nas grandes cidades do país. Os trabalhadores foram orientados a desligar seus apps. A meta é mostrar às empresas que eles estão contrariados com as condições oferecidas.
Decerto, os valores das corridas estão baixos, a categoria solicita uma alteração do valor mínimo, de R$5,87, para R$10. Eles reivindicam a alteração do quilômetro rodado, que está em R$1,19, para R$2. Há também o pedido para que haja uma cobrança adicional no caso de o passageiro pedir uma parada durante a viagem.
Neste caso, os motoristas de aplicativo reclamam que ao realizar paradas durante o trajeto, ele perde tempo, faz uma corrida maior e recebe o mesmo. Os profissionais esperam discutir o assunto com as empresas de app, para solucionar este e mais outros problemas relacionados às suas atividades no dia a dia.
Igualmente, a categoria de transporte por aplicativo reivindica uma regulamentação de suas atividades. Seu objetivo é o de conseguir garantir seus direitos trabalhistas. Eles querem combater o abuso de empresas que controlam estes apps. Vale ressaltar que o Governo Federal também está discutindo a questão.
O Palácio do Planalto deverá discutir uma proposta para regulamentar as relações de trabalho dos motoristas de aplicativo ainda no primeiro semestre de 2023. Quem fez a declaração foi o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho (PT). Ele diz que o Governo Federal tem participado da mesa de discussões.
Em conclusão, os motoristas de aplicativos irão paralisar suas atividades no dia 15 de maio para chamar a atenção da sociedade e das empresas de transporte. É um passo importante para que eles possam garantir os benefícios da categoria, e também seus direitos como trabalhador autônomo.