Os índices pluviométricos trazem notícias preocupantes para duas das nossas regiões mais ricas em biodiversidade. Sul e Nordeste do país, segundo atualização semanal da MetSul Meteorologia, estão sob potenciais riscos climáticos. A Região Sul do Brasil enfrenta um período de intensa instabilidade que pode culminar em um ciclone, enquanto alguns estados do Nordeste têm sofrido com persistência de chuvas torrenciais, ocasionando enchentes e consequentes danos a população local.
Um panorama mais detalhado se desenrola à medida que observamos o modelo meteorológico europeu consultado pela MetSul, que projeta os índices pluviométricos para os próximos dez dias. A partir dele, pode-se confirmar que os volumes mais significativos deverão ocorrer no extremo Sul, Rio Grande do Sul particularmente, e também no Norte do Brasil.
A Região Norte, que recém saiu de seu inverno amazônico – período do calendário com maior concentração de chuvas – deverá observar uma diminuição nos volumes pluviométricos, com exceção para o Norte do Amazonas, Roraima e Amapá, locais em que a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) influenciará com maior intensidade.
Para o Nordeste, a tendência é de que a chuva concentre-se mais no litoral, principalmente entre os litorais da Bahia e da Paraíba. Volumetrias tão extremas como as registradas recentemente em Sergipe, Alagoas e Pernambuco não são esperadas.
A Região Centro-Oeste, por sua vez, deverá presenciar um cenário predominantemente seco nos próximos dias, salvo para alguns pontos do Mato Grosso, que podem ter chuvas no dia 13 devido ao avanço de ar frio pelo interior do continente. A Secura nessa região é uma condição climática típica, já que o inverno costuma ser a estação mais seca por esses lados.
Para o Sudeste, em contrapartida, influências de grandes sistemas meteorológicos como frentes frias e baixas pressões no Sul do país, podem culminar em chuvas para Estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. No entanto, os volumes não devem ser altos em sua maioria.
Essa projeção de índices pluviométricos é feita através de modelos que mapeiam variáveis como chuva, geada, temperatura, risco de granizo, vento, umidade, pressão atmosférica, neve, umidade no solo e risco de incêndio e raios, dentre outras. Estas são constantemente atualizadas, de duas a quatro vezes ao dia. Tais ferramentas são fundamentais para balizar os esforços na prevenção de desastres naturais.