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ALERTA: Evento climático promete muita chuva e tempestades para as próximas semanas

O mês de novembro poderá registrar um fenômeno climático incomum em toda a América do Sul. Trata-se de um padrão que combina uma grande massa de ar quente e incursões de ar polar no Sul da Argentina. Os dois movimentos produzem um racha térmico, que poderá ter impacto direto na vida de milhões de pessoas no Brasil.

De acordo com especialistas, este fenômeno de encontro entre duas atividades climáticas distintas poderá resultar em alguns impactos diretos. Veja abaixo:

  • chuvas constantes;
  • baixas pressões;
  • tempestades.

Quais regiões serão atingidas pela chuva?

Como estamos falando de um encontro de uma massa de ar quente no Brasil e uma massa de ar frio na Argentina, o mais provável é que o choque aconteça na região em que os dois países fazem fronteira, ou seja, o sul.

Especialistas indicam que haverá impactos diretos para as pessoas que moram nas seguintes regiões:

  • Nordeste da Argentina;
  • Todo o Uruguai;
  • Sul do Brasil (especialmente o Rio Grande do Sul e Santa Catarina).

De acordo com projeções da MetSul, cidades do Rio Grande do Sul poderão encerrar o mês de novembro com precipitações de algo entre 300mm e 500mm. Para os próximos sete dias, a previsão é de tempo muito fechado nas cidades que ficam localizadas em áreas do Oeste e do Sul gaúcho.

Rio Grande do Sul vem sofrendo com os efeitos das chuvas há meses. Imagem: Marinha do Brasil/RS

Além da chuva, ressaca

Os riscos climáticos, no entanto, não se resumem apenas ao sul do Brasil. Nesta segunda-feira (6), meteorologistas estão alertando sobre a possibilidade de fortes ressacas marítimas em toda a costa do sudeste do país. Ao menos esta é a previsão do Centro de Hidrografia da Marinha.

Para o início desta semana, são esperadas ondas de até 3,5 metros de altura entre as cidades de Ilha Comprida, em São Paulo, e de São João da Barra, no Rio de Janeiro.

Já no domingo (5), os impactos foram sentidos por milhares de banhistas que foram à praia no Sudeste do país. Um ciclone que estava ativo em alto mar acabou provocando um forte avanço da água na orla da avenida Delfim Moreira, na praia do Leblon, na zona Sul da cidade do Rio de Janeiro.

Nas redes sociais, várias imagens do momento da ressaca estão sendo compartilhadas. Na manhã desta segunda-feira (6), trabalhadores da prefeitura local seguem atuando para conseguir tirar a areia da via. Um adolescente de 16 anos segue desaparecido, e as buscas continuam.

Além da ressaca, o El Niño

Não é de hoje que eventos climáticos estão impactando a vida de milhões de brasileiros. Nem todo mundo sabe, mas um fenômeno causado no Oceano Pacífico pode fazer com que a sua conta de energia se torne mais cara aqui no Brasil. Estamos falando do El Niño. Trata-se do movimento natural causado pelo aquecimento acima do normal do oceano pacífico equatorial, mais precisamente entre o Peru e a Indonésia.

Mas como um movimento previsto para ocorrer a milhares de quilômetros da sua casa pode fazer com que a sua conta de energia se torne mais cara? Para responder esta pergunta, é necessário entender primeiro o que é o El Niño e como este fenômeno natural impacta no clima do Brasil.

Segundo as informações de analistas, o El Niño causa uma grande alteração na circulação dos ventos na atmosfera. Este efeito vai causar um impacto na distribuição da umidade, fazendo com que haja também um impacto na distribuição das chuvas e no padrão da temperatura de diferentes regiões.

Parte destes efeitos já estão sendo sentidos neste atual inverno. Com a má distribuição da umidade, é natural imaginar que atualmente há mais calor em praticamente todos os estados do Brasil. A tendência, aliás, é de que o movimento tenha um impacto elevado ainda mais com a chegada da primavera e depois do verão.