Alerta dos meteorologistas: outubro pode ter onda de calor ainda mais intensa que as de setembro - Notícias Concursos

Alerta dos meteorologistas: outubro pode ter onda de calor ainda mais intensa que as de setembro

Apesar de setembro já ter sido muito quente, outubro pode ser ainda pior

O fim do mês está chegando e vai ficar marcado na história como um dos mais quentes dos últimos tempos. Tanto que ao longo das últimas duas semanas de setembro, o Inmet emitiu alertas laranja devido à onda de calor para a grande maioria das regiões do país. 

Agora, uma frente fria está subindo do sul do país, de acordo com o Instituto, e fez a temperatura cair abruptamente à medida em que chega nas demais regiões.Ainda de acordo com o Inmet, essa frente fria é resultado dos efeitos do ciclone extratropical que atingiu o Rio Grande do Sul nas últimas semanas.

Porém, apesar de setembro estar acabando com os termômetros marcando temperaturas mais amenas, esse alívio na sensação térmica não deve durar muito. Segundo os meteorologistas, outubro pode ser muito quente e até mesmo ultrapassar setembro nas altas temperaturas registradas.

Quer saber detalhes sobre esse calorão todo que pode estar chegando junto com o mês de outubro? É só continuar lendo até o final para conferir.

2023 vem batendo recordes de calor

O ano de 2023 tem sido um ano extremamente quente. Tanto que até mesmo o inverno registrou altas temperaturas, trazendo um clima de verão fora de época a muitas regiões. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia, o inverno de 2023 foi o mais quente desde 1961.

Depois, a chegada da primavera também trouxe temperaturas altíssimas pois estávamos em plena onda de calor. Para refrescar um pouco, uma frente fria está avançando sobre o Brasil, mas até agora não passou da metade sul da região sudeste.

Por que está tão quente este ano?

De acordo com os meteorologistas, vários fatores contribuem para que 2023 esteja sendo um ano com temperaturas tão altas. Primeiramente, vale lembrar que não é só aqui no Brasil que isso está acontecendo. No hemisfério norte, o verão foi um dos mais rigorosos já registrados, especialmente entre junho e julho.

Isso se deve ao próprio fenômeno do aquecimento global e do derretimento das calotas polares. Para se ter uma ideia, no último dia 25 (segunda), cientistas do Centro Nacional de Dados de Neve e Gelo dos Estados Unidos (NSIDC) informaram que a Antártida atingiu o nível mais baixo de gelo desde que a medição começou, há 44 anos.

No dia 10 de setembro, quando a última medição aconteceu, havia 16,96 milhões de metros quadrados de gelo marinho ao redor do continente. Assim, esse número é 1,03 milhão a menos do que o último recorde negativo.

Com isso, outros fenômenos ocorrem como consequência e um deles é responsável pela previsão de muito calor para o mês de outubro: o fenômeno El Niño.

O que é o fenômeno El Niño e como ele impacta a temperatura trazendo a onda de calor

A primavera no Brasil, especialmente no mês de outubro, deve ter temperaturas altas, com alto risco de uma nova onda de calor. E muito disso se deve ao fenômeno El Niño.

O fenômeno El Niño é um evento climático complexo que ocorre naturalmente e afeta a temperatura e os padrões de precipitação em todo o mundo. Assim, ele ocorre quando as temperaturas da superfície do mar no Oceano Pacífico Equatorial Central e Oriental estão mais quentes do que o normal.

Normalmente, os ventos alísios sopram em direção ao oeste no Oceano Pacífico Equatorial, empurrando as águas quentes superficiais para o oeste. No entanto, durante o El Niño, há uma diminuição desses ventos alísios ou até mesmo uma reversão temporária, o que leva ao enfraquecimento ou até mesmo à inversão da circulação oceânica e atmosférica.

Isso resulta no aquecimento das águas superficiais no Oceano Pacífico, o que tem consequências significativas para o clima global. Durante o El Niño, as chuvas geralmente diminuem em algumas regiões do Pacífico Sul, como as ilhas do Pacífico e a Austrália, enquanto áreas do Pacífico Central e Equatorial experimentam chuvas intensas. Além disso, impacta condições climáticas em outras partes do mundo, como secas no sul da África e alterações no caminho das frentes frias que chegam aqui na América do Sul.

Por isso, como o Brasil se encontra bem no meio dos efeitos desse fenômeno, sofremos com eles. A temperatura do Atlântico sobe, as chuvas diminuem e a mistura dos ventos quentes com os frios, de origem polar, fica mais difícil.

Este ano, um dos principais impactos do El Niño sobre o Brasil são as temperaturas muito mais quentes. E como esse é um fenômeno de longa duração, esses efeitos devem perdurar pelos próximos meses.

Portanto, agora que você já sabe que em outubro podemos ter outra onda de calor ainda mais intensa, se prepare, proteja a sua saúde se se cuide!

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