Economia

Agências da Caixa: distanciamento não é seguido em 85% delas

Quem nunca precisou ir até as agências da Caixa Econômica Federal e se deparou com uma longa fila? Pois é. Saiba que o distanciamento recomendado não é uma realidade na maioria delas. Aliás, para quem precisou das agências da Caixa isso pode não ser novidade, mas vejamos as porcentagens que a pesquisa revelou. Entenda mais abaixo as informações do Brasil Econômico.

Uma recente pesquisa realizada com os funcionários das próprias agências da Caixa aponto que para 85% dos entrevistados existe contato próximo, sem respeitar o distanciamento de 2 metros, “sempre ou quase sempre”.  Outro ponto levantado é que a ventilação não é correta “sempre ou quase sempre” em cerca 80% das agências do Caixa conforme os entrevistados.

E quem descobriu e levantou os dados? As descobertas numéricas sobre as agências da Caixa fazem parte de estudo da Universidades de São Paulo (USP), Estadual Paulista (Unesp) e Federal do Pará (UFPA), além de contarem com o apoio da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae).

Os resultados fazem parte da 2ª fase de resultados preliminares do Dossiê Covid no Trabalho. Os dados foram levantados de novembro de 2020 até agosto de 2021.

Agências da Caixa geram preocupação

Num cenário pandêmico, a realidade assusta. “É uma realidade muito preocupante para os empregados e também para a população que frequenta as agências do banco, ainda mais considerando que a pandemia não acabou”, destacou o presidente da Fenae, Sergio Takemoto, de acordo com o Brasil Econômico.

Além disso, além da falta de distanciamento e ventilação adequada, outro ponto merece atenção. “Considerando os dois fatores de maior risco identificados nas respostas dos empregados da Caixa, é imprescindível que os gestores do banco assegurem medidas de biossegurança nas agências, incluindo a correta manutenção dos aparelhos de ar-condicionado”, disse a pesquisadora Maria Maeno — doutora em Saúde Pública pela USP e que fez parte do grupo que realizou o estudo, de acordo com o Brasil Econômico.

Takemoto também indica que o estudo aponta que a maioria dos funcionários das agências da Caixa contraíram Covid-19 no trabalho. “Portanto, eles devem ter o trabalho reconhecido como causa presumida do adoecimento”, defende o presidente da Fenae, ao pontuar que os empregados do banco estão, desde o início da pandemia, na linha de frente do pagamento do auxílio emergencial e de outros benefícios sociais para mais da metade da população brasileira.