Líderes da base aliada do presidente Jair Bolsonaro e também de oposição avaliam que o diálogo com um leque amplo de partidos é a melhor alternativa para que o governo do presidente eleito Luís Inácio Lula da Silva consiga o apoio dos congressistas que tomam posse em fevereiro de 2023, para a aprovação de projetos importantes, de acordo com informações da Agência Câmara de Notícias.
Agência Câmara de Notícias: líderes apostam em diálogo entre Congresso e governo eleito
Segundo recente publicação, o líder do PT, deputado Reginaldo Lopes (MG), apontou que, com o resultado das eleições, a população espera a pacificação do país. Ele também ressaltou a necessidade de reconstruir o papel do Estado e a qualidade das políticas públicas em áreas como educação, assistência social e industrialização.
Sobre a relação entre o Congresso e o Poder Executivo a partir do ano que vem, Reginaldo Lopes acredita em uma aproximação do presidente eleito mesmo com partidos que não estiveram ao lado dele na campanha.
Surpresa
Na avaliação do deputado Claudio Cajado (PP-BA), vice-líder do governo no Congresso, a derrota do presidente Bolsonaro foi vista com surpresa, diante de uma campanha que enfatizou a liberdade econômica, o aumento do salário mínimo e a responsabilidade fiscal.
Mas ele salientou a importância da negociação do próximo governo com os partidos no Congresso, destaca a Agência Câmara de Notícias. Na opinião de Cajado, se não houver uma atração de outros partidos que não foram aqueles que integraram a coligação do presidente Lula, ele terá grande dificuldade de aprovar as matérias.
Reformas
Um dos temas que devem constar da pauta do Congresso em 2023 são as reformas. O líder do PT na Câmara falou sobre a reforma tributária e sobre o diálogo com o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), informa a Agência Câmara de Notícias.
“O Brasil precisa, sim, de algumas reformas. Por exemplo: eu acho hoje que a reforma no sistema tributário, ela é fundamental. O presidente Lula assumiu o compromisso de não cobrar Imposto de Renda até R$ 5 mil. Esse nosso sistema tributário, ele é regressivo, ele é indireto, ele não é direto, ele não é progressivo. Ele não cobra imposto dos super ricos, ele não cobra imposto sobre lucros e dividendos, então nós vamos conversar”, disse Reginaldo Lopes.
“É evidente que mudou a agenda do país com a eleição do presidente Lula e as reformas que nós compreendemos que são importantes, nós vamos dialogar com o atual presidente Arthur Lira ou com o próximo presidente”, disse Lopes. Claudio Cajado, além de destacar a reforma tributária, citou também a reforma administrativa, segundo a Agência Câmara de Notícias.