Em documento oficial, o Banco Central do Brasil (BCB) apresenta a evolução anual da exposição a risco de crédito das reservas internacionais desde 2012 e os controles existentes sobre essa exposição.
Além disso, são apresentados alguns conceitos e a distribuição dos ativos com exposição a risco de crédito segundo três critérios: tipo de emissor ou contraparte, região geográfica e qualidade de crédito.
Define-se risco de crédito como a incerteza relativa à ocorrência de algum evento de crédito, em emissor ou contraparte, que resulte na perda de valor das posições associadas com esse agente. Um evento de crédito ocorre quando um emissor ou uma contraparte não cumpre obrigações contratuais de pagamento assumidas.
Considera-se, para a análise a seguir, que os emissores e as contrapartes do Banco Central do Brasil (BCB) que apresentam risco de crédito são as instituições que possuem passivos diretamente com o Banco Central do Brasil (BCB), como agências, bancos centrais, governos centrais, instituições financeiras, organismos supranacionais e governos locais.
A categoria de instituições financeiras inclui bancos comerciais e bancos de investimento. A análise do Banco Central do Brasil (BCB) mostra que grande parte das reservas internacionais está alocada em títulos soberanos, sendo que, nessa categoria, os títulos do Tesouro americano apresentam a maior participação.
A evolução da distribuição das médias anuais por tipo de emissor e contraparte pode ser vista no documento divulgado recentemente pelo Banco Central do Brasil (BCB). De acordo com divulgação oficial, em 2019, verifica-se aumento da participação de títulos soberanos e redução da participação de bancos centrais. A partir de 2020, verifica-se redução da participação de títulos soberanos em benefício das demais classes de ativos.
O nível de risco de crédito de uma carteira é a função de sua composição e da qualidade de crédito dos emissores de seus ativos e/ou das contrapartes, ressalta o Banco Central do Brasil (BCB).
O risco de crédito individual de agências, de organismos supranacionais e de governos locais autorizados para investimento pelo Banco Central do Brasil (BCB) é baixo em razão dos limites estabelecidos, tendo em conta que são permitidas somente aplicações em instrumentos de renda fixa com elevada qualidade de crédito, de acordo com a classificação de agências de avaliação de risco de crédito e segundo avaliações internas.