A Claro, uma das principais operadoras de telefonia do Brasil, está avançando no programa Celular Seguro ao começar a bloquear linhas e chips como medida de segurança. Essa iniciativa visa combater o uso indevido de linhas telefônicas e proteger os usuários em caso de roubo ou perda de seus aparelhos.
A Claro é a primeira operadora a adotar essa medida, e espera-se que a TIM e a Vivo também adiram ao programa até o dia 9 de fevereiro, de acordo com informações divulgadas pelo Ministério da Justiça.
O Celular Seguro é uma plataforma desenvolvida pelo governo federal cujo objetivo é proteger os dados dos usuários após o roubo ou perda de seus celulares. Para utilizar o programa, o usuário deve se cadastrar e registrar seus aparelhos, além de incluir contatos de confiança.
Dessa forma, caso o celular seja perdido, roubado ou furtado, a pessoa ou um contato autorizado pode criar uma ocorrência no sistema, que notificará automaticamente bancos, operadoras e outras empresas participantes do programa.
Isso agiliza o processo de bloqueio e evita que a vítima precise entrar em contato separadamente com cada empresa.
A Claro deu um passo adiante no Celular Seguro ao começar a bloquear as linhas telefônicas de seus clientes. Essa medida é extremamente importante, pois impede o uso indevido da linha mesmo que o chip seja colocado em outro aparelho. Dessa forma, o bloqueio se torna mais efetivo e dificulta a ação de criminosos que tentem utilizar os serviços da operadora de forma ilícita.
Ricardo Cappelli, secretário-executivo do Ministério da Justiça, anunciou essa novidade em uma reunião com Fabio Andrade, vice-presidente de relações institucionais da Claro. Em suas declarações, Cappelli ressaltou que a medida da Claro é um avanço significativo no Celular Seguro e que a TIM e a Vivo também estão comprometidas em adotar essa funcionalidade até o dia 9 de fevereiro.
Além do bloqueio de linhas telefônicas, o Celular Seguro também inclui outras medidas para proteger os usuários e evitar o uso indevido de seus dados. No setor financeiro, a ideia é que, ao criar uma ocorrência no Celular Seguro, o acesso aos aplicativos bancários seja bloqueado, impedindo assim movimentações nas contas dos usuários. Já no caso das operadoras, uma das frentes de atuação é o bloqueio do IMEI dos aparelhos, o que impede que eles se conectem às redes de telefonia.
Em entrevista ao Tecnoblog, Ricardo Cappelli explicou que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) possui a capacidade de cruzar informações e identificar o aparelho, mesmo que o IMEI tenha sido alterado. Essa é uma medida importante para combater o mercado ilegal de aparelhos roubados.
Apesar de todas as suas funcionalidades, é importante ressaltar que o Celular Seguro não bloqueia o sistema operacional dos aparelhos, sejam eles Android ou iOS. Isso significa que aplicativos como e-mail, galeria de fotos, WhatsApp, Instagram e outras redes sociais não são bloqueados quando uma ocorrência é registrada no programa.
Portanto, é fundamental que os usuários tomem medidas adicionais de segurança, como a ativação do bloqueio por senha nos chips das operadoras e o uso de soluções de segurança oferecidas por fabricantes como Apple, Google, Samsung e Meta.
De acordo com Ricardo Cappelli, as grandes empresas de tecnologia têm enfrentado dificuldades em reconhecer a soberania dos estados nacionais. Durante as discussões sobre o Celular Seguro, o Google se mostrou mais aberto e demonstrou interesse em participar do programa. Já a Apple, por sua vez, ficou mais distante do projeto.
A Meta, empresa controladora do Facebook, teve uma conversa ruim com o governo e alegou não ter condições de assumir compromissos para bloquear ou suspender contas. É importante ressaltar que as gigantes da tecnologia possuem soluções próprias para proteger os dados dos usuários após o roubo de um celular.
A Samsung, por exemplo, lançou o Cadeado Galaxy, que permite bloquear o aparelho por meio de uma ligação telefônica ou um site, utilizando o CPF e uma senha. Já a Apple está trabalhando em um “modo ladrão” do iOS, que impede mudanças em várias configurações do aparelho.
Ademais, com o bloqueio de linhas e chips, a Claro está demonstrando um compromisso com a segurança de seus clientes e se tornando uma referência no Celular Seguro. A iniciativa é um importante passo para combater o uso indevido de linhas telefônicas e proteger os usuários em caso de roubo ou perda de seus aparelhos. Espera-se que a TIM e a Vivo também adotem essa funcionalidade em breve, fortalecendo ainda mais o programa.
É fundamental que os usuários estejam cientes das medidas de segurança disponíveis e tomem todas as precauções necessárias para proteger seus aparelhos e dados pessoais. Além de aderir ao Celular Seguro, é importante ativar o bloqueio por senha nos chips das operadoras e utilizar soluções de segurança oferecidas pelos fabricantes. Dessa forma, é possível garantir uma maior tranquilidade ao utilizar os serviços de telefonia móvel.
Lembre-se sempre de manter-se atualizado sobre as novidades e medidas de segurança disponíveis, pois a tecnologia está em constante evolução e é fundamental estar preparado para lidar com os desafios que surgem nesse ambiente digital cada vez mais complexo.