O Império Português na África foi uma das principais fontes de renda da Coroa portuguesa por muitos séculos. As colônias só se tornarão finalmente independentes em meados dos anos 70.
O assunto é muito cobrado pelas principais provas do país, com um destaque especial para os vestibulares e para o ENEM.
Assim, é de suma importância que você domine os principais tópicos que se referem ao Império Português na África para garantir um bom desempenho nas provas.
Denomina-se de África Portuguesa o conjunto de territórios no continente africano que foram colonizados pelos portugueses durante os séculos XV e XVI. Entre as colônias, podemos citar: Angola, Príncipe, São Tomé, Guiné-Bissau, Cabo Verde e Moçambique.
Atualmente, todos esses países têm o português como língua oficial e fazem parte da organização Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) .
A partir do século XV, Portugal desejava novas relações mercantilistas, novos produtos a serem comercializados e novas fontes de riquezas. Assim, inicia-se a busca por novas colônias em países fora do continente europeu. Vale ressaltar que é justamente no século XV que se iniciam as Grandes Navegações.
Os navegadores portugueses iniciaram o seu primeiro contato com o continente quando estabeleceram o Périplo Africano, ou seja, uma nova rote que os permitia contornar a África e assistir chegar até as Índias. Nesse período, os portugueses estabeleceram uma série de feitorias no litoral africano. Essas instalações ainda não representavam uma colonização definitiva, mas apenas postos de comércio. Os lusitanos instalaram também fortes nas costas da África, fundamentais para o abastecimento das embarcações que iam para a Índia e para o comércio de produtos com os nativos.
Posteriormente, no século XVI, os portugueses iniciariam a praticar em grande escala o tráfico de nativos que, sem dúvidas, foi a atividade que mais rendeu lucros à Coroa portuguesa. Os indivíduos seriam escravizados e utilizados como mão de obra seria nos engenhos de açúcar localizados na América Portuguesa, na ilha de São Tomé e na Ilha da Madeira.
O movimento de independência das colônias portuguesas na África ganha força no século XX. Em 1945, a ONU foi criada e a sociedade não aceitava mais o termo “colonização”. Nesse contexto, os países que possuíam colônias passaram a sofrer fortes pressões para conceder a independência dos seus domínios.
Os habitantes desses territórios de língua portuguesa criaram a Frente Revolucionária Africana para a Independência Nacional, uma organização que tinha como objetivo conseguir a independência das colônias portuguesas por meia da luta armada.
As independências sofrem forte repressão do Salazarismo, que se posicionava contra esses movimentos. Dessa maneira, as colônias ficarão finalmente livres somente em meados dos anos 70, mais especificamente no ano de 1974, com a Revolução dos Cravos, que coloca fim ao regime ditatorial português.