Tecnologia

76% dos internautas querem comprar na Black Friday

De acordo com um novo estudo da Ecglobal, empresa do Ecossistema Haus do Grupo Stefanini, 76% dos consumidores brasileiros têm intenção de fazer uma compra durante a Black Friday. Para o e-commerce, o número é animador, já que a porcentagem no ano passado era de 65%, o que abre oportunidade para aumentar as vendas. 

Com pouco mais de um mês para a grande sexta-feira de ofertas, varejistas e compradores já se preparam para a data. Segundo pesquisa do Instituto Reclame Aqui publicada em setembro, 46,4% das empresas já começaram os preparativos. Do outro lado não é diferente. Dos entrevistados pela Ecglobal, 36% disseram que iniciam as pesquisas por produtos e acompanham os valores mais 30 dias antes. Outros 22% verificam com 16 a 30 dias de antecedência. 

A análise também mostra que muitos consumidores veem os altos valores de frete, bem como falsas ofertas, como empecilho para as compras; por isso, usam sites de pesquisas. Para tanto, 57% usam sites de busca para pesquisa e 45% utilizam os domínios das marcas. Outros 51% verificam em páginas de comparação de custo. Na escolha, o preço baixo, custo-benefício, qualidade e frete são os principais fatores mensurados. 

Outro meio de compras que foi implementado durante a pandemia e está em crescimento são as lives commerce, que subiram de 8% para 15% entre a pesquisa de 2021 e 2022.  

Eletrônicos mantêm favoritismo

Na lista de favoritos estão os eletrônicos de uso pessoal: eletrodomésticos (53%), eletrodomésticos em geral (48%), como geladeiras e fogões, e eletrônicos para casa (47%). Pela ordem, os itens mais citados são celulares, televisores, eletrônicos e eletrodomésticos.  Já quando o assunto são presentes para pessoas queridas, há empate entre roupas, eletrônico de uso pessoal e itens beleza e perfumaria, todos com 32%. 

A Copa do Mundo também entrou no orçamento dos entrevistados e devem ajudar a movimentar ainda mais o mercado. Além de roupas e camisas oficiais apontadas por 48%, assessórios (47%) e decoração (44%) devem ser adquiridos.  

Há ainda uma gama de 42% de pessoas que pretendem aproveitar a Black Friday para adquirir produtos de extrema necessidade, que são utilizados no dia a dia das famílias, o que dá um parâmetro de como como a crise econômica impacta o poder de consumo e de compras do brasileiro.  

A Black Friday também se mostra uma oportunidade para marcas que foram substituídas por outras durante a crise voltarem ao carrinho de compras do consumidor, que se mostra disposto a aproveitar as ofertas para voltar a consumir marcas da sua preferência. 

Para a Ecglobal, os resultados da pesquisa são muito positivos para as marcas, já que os números de intenção de compra e itens para diversos setores subiram com relação a 2021. Este é um bom momento para retomar clientes e fidelizá-los, recomenta a empresa. 

Lojas preferidas

Quando o assunto é Black Friday, Americanas, Samsung, Magalu, Casas Bahia e Amazon são as primeiras marcas que vêm à mente dos mil entrevistados. Juntas, as cinco varejistas somaram mais de 600 votos, sendo metade deles para as Lojas Americanas. Além disso, 70% dos entrevistados apontaram que devem adquirir produtos de marcas que compraram anteriormente e 35% devem obter o que já desejavam. 

Outro dado interessante é que a Americanas também figura na primeira posição na questão de locais para as compras, seguido de Magalu, Amazon, Mercado Livre e Shopee. Para os homens, os mais citados são Amazon, Fastshop, Mercado Livre e Ponto. Já as mulheres estão de olho nas ofertas da Americanas, Shopee e Shein. 

Uma outra pesquisa, realizada pela Conversion, já indicava a preferência por lojas estrangeiras, com a liderança de mercado pelo argentino Mercado Livre (13,8% do total de visitas), a chinesa Shopee (10,1%) e o braço nacional da norte-americana Amazon (6,8%).  

Juntos, eles somaram cerca de 700 milhões de acessos únicos em agosto, pouco mais de 30% de todo o tráfego do comércio eletrônico. Além disso, entre as dez plataformas mais acessadas do comércio eletrônico no Brasil hoje, cinco são de fora: além de Mercado Livre, Shopee e Amazon, estão na lista ainda a chinesa AliExpress (6ª posição) e a sul-coreana Samsung (10ª).