Uma pesquisa da Microsoft constatou que 43% das pessoas no Brasil estiveram envolvidas em um incidente de cyberbullying.
- A exposição a riscos online caiu para 67% no mundo inteiro, três pontos percentuais a menos do que no ano passado.
- Um em cada quatro entrevistados em todo o mundo disse que a gentileza online aumentou como resultado da COVID-19.
- O estudo mostra que a geração Y e Z foram as mais afetadas pelo cyberbullying em todo o mundo.
- 26% dos entrevistados no Brasil dizem que a civilidade online foi melhor durante a pandemia.
Os dados referem-se ao recente Índice de Civilidade Digital. Tal pesquisa ocorreu em maio de 2020 para medir as atitudes e percepções de adolescentes (13-17 anos) e adultos (18-74 anos) em 32 países sobre o atual estado da civilidade digital.
Detalhes da pesquisa sobre bullying
A saber, de acordo com a Microsoft, quanto mais baixo o índice (numa escala de zero a 100), menor a exposição ao risco e maior a percepção de gentileza online entre as pessoas naquele país.
O Índice de Civilidade Digital (ICD) da Microsoft revela que a exposição ao risco online diminuiu três pontos percentuais globalmente, atingindo 67% versus 70% no ano passado.
A pesquisa fez perguntas como:
- Quais riscos online você e seu círculo imediato já enfrentaram?
- Quando e com que frequência os riscos ocorreram?
- Quais foram as consequências e quais ações foram tomadas?
A partir daí, mediu a exposição dos entrevistados a 21 riscos online em quatro áreas: comportamental, reputacional, sexual e pessoal/intrusivo, com os 5 principais riscos:
- Contato indesejado
- Fraudes / golpes
- Sexting indesejado
- Ser mal-tratado
- Trolling
Brasil no ranking
O Brasil atingiu um ICD de 72%, mesmo índice de civilidade atingido no ano passado. Dentre os entrevistados, 41% disseram que a civilidade online foi pior durante a pandemia, 43% alegaram algum envolvimento num incidente de bullying, enquanto 21% disseram ter sido os alvos.
De acordo com a pesquisa, os entrevistados da Geração Z e Millenials foram as mais afetadas pelo bullying, com 48% e 42% respectivamente. Apenas 30% dos entrevistados brasileiros acham que a civilidade online é boa e 62% fez pelo menos uma ação do Desafio da Civilidade Digital.
“A Microsoft está profundamente comprometida com a segurança online. Trabalhamos com diferentes agentes da indústria, governos, entidades educacionais e consumidores para desenvolver soluções e promover políticas públicas eficazes que ajudem a proteger a todos”, comenta Elias Abdala Neto, diretor de Políticas Públicas da Microsoft.
Segundo Abdala, o objetivo desta pesquisa é aumentar a conscientização sobre os riscos que os usuários, enfrentam na Internet e, ao mesmo tempo, promover ferramentas que permitam a todos coexistir num ambiente digital seguro.
No topo da pesquisa
Nas primeiras colocações do ranking se encontram os Países Baixos que ocupam o primeiro lugar no ICD, com 51%. Enquanto o Reino Unido caiu da primeira para a segunda posição, com 55% e um aumento de 2 pontos.
As próximas três posições entre as melhores pontuações do ICD em todo o mundo são: Estados Unidos, com 56% (2 pontos a menos do que no ano passado); Singapura, com 59%; e Taiwan que aparece pela primeira vez na pesquisa em 5º lugar, com uma pontuação de 61%.
O estudo mostra também que, globalmente, os adolescentes foram responsáveis por uma melhoria notável na civilidade online, os millennials e a geração Z foram os mais afetados pelo assédio (com 42% e 43%, respectivamente), e um em cada quatro entrevistados disse que a gentileza online aumentou como resultado da COVID-19.
E então, o que achou do resultado da pesquisa?