O Ministério da Saúde divulgou na tarde desta sexta-feira, 03 de abril, a informação de que o Brasil tem 9.056 casos confirmados de novo coronavírus. São, ao todo, 359 mortes, o que significa uma taxa de mortalidade de 3,8%.
Os principais dados divulgados pelo Ministério são:
No último balanço, divulgado quinta–feira (01), o Brasil havia registrado 299 mortes e 7.910 casos confirmados pelo novo coronavírus.
O Ministério da Saúde confirmou que vai ampliar para 22,9 milhões o número de testes que serão distribuídos para diagnosticar a Covid-19.
“Possivelmente, (por causa da maior oferta de testes) o Brasil será o país com o maior número de casos”, disse o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira, apontando que o aumento no diagnóstico deve fazer a taxa de letalidade ser mais próxima da real.
O ministério confirmou que vai trabalhar com dois tipos diferentes de testes:
No atual estágio, os testes serão voltados para profissionais de saúde e de segurança, além da verificação dos casos graves e óbitos.
A previsão de elaboração de um novo protocolo para testar os casos mais leves em postos volantes já existe. O governo tem objetivo de utilizar os postos em cidades com mais de 500 mil habitantes, como estratégia para conter surtos.
Segundo o secretário-executivo do ministério, João Gabbardo, governo federal não está mais divulgando o número de casos suspeitos porque a transmissão do vírus já é comunitária.
“Com transmissão comunitária, qualquer um pode ser um caso suspeito. Qualquer brasileiro que apresente síndrome gripal. Não tem mais nenhum sentido mostrar os casos suspeitos”, afirmou Gabbardo.
Os testes serão feitos em casos leves. “Estamos adquirindo um volume de testes significativo para que na próxima semana, daqui a 8 dias, tenhamos 5 milhões de testes rápidos para distribuição em todo o Brasil, para iniciarmos a realização (de testes) em casos leves”, disse o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Oliveira. “Vai aumentar muito a velocidade de diagnóstico em todo o Brasil.”
Até então, somente pacientes com sintomas graves eram testados.
De acordo com o ministro da Saúde, a Covid-19 poderia ser mais uma gripe forte se as ocorrências fossem distribuídas ao longo do ano e já houvesse vacina.
“Como nós não temos – e ninguém tem imunidade (vacina) – isso está acontecendo de uma maneira abrupta e vai levar muita gente ao mesmo tempo ao sistema de saúde. É como se você tivesse uma geladeira da sua casa e todo o quarteirão precisasse da sua geladeira para guardar alguma coisa: não cabe.”
O ministro afirmou, por outro lado, que apenas 15% das pessoas que serão contaminadas deverão precisar de internação. Ele espera que o Brasil tenha menos casos graves porque a base da população é jovem.
“Quase metade da população não vai pegar essa gripe. Porque, se metade entrar em contato com o vírus, a outra metade estará protegida”, disse Mandetta. “Da metade que vai entrar em contato, mais da metade não vai nem ter sintoma. Vai simplesmente desenvolver anticorpo, ele pega só um resto de vírus”, completou.
“Dos que tiverem sintoma, quase 85%- e eu acho que no Brasil, nesse ponto, os estudos vão mostrar… eu acho que, como a gente tem uma base populacional jovem, acho que nosso comportamento vai ser melhor frente ao vírus”, afirmou. “Acho que a gente pode ter um grande cordão imunológico, com menos casos graves. Dos 15% que vão ter sintoma, a grande maioria terá sintomas leves. E uma minoria vai necessitar de internação hospitalar”, disse.
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