O Projeto de Lei 4367/20, que trata da criação de um 14º salário para os aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), segue em tramitação Caso aprovada, a medida contemplará grande parte da população brasileira.
O tema voltou a ser discutido na Câmara dos Deputados e a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania se mostrou a favor em debater a proposta nos próximos dias. É importante frisar que o texto está em trâmite desde 2020.
Inicialmente, a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) deu o parecer favorável para o andamento da proposta. O texto poderia sofrer votação nos próximos dias. A decisão desta semana é de que o projeto deverá, agora, ser discutido por comissão especial sobre o tema.
Dessa forma, caso a proposta tivesse seguido imediatamente para votação da Comissão de Constituição e Justiça e fosse aprovada, a proposta dependeria apenas de uma votação no Plenário simples do Senado Federal. No entanto, ao retirar o projeto do 14º salário do INSS de pauta, o presidente da Câmara fará com que a proposta siga para uma análise em uma comissão especial, conforme informado anteriormente.
Dessa forma, como uma comissão especial vai tratar sobre o assunto, o texto vai passar por outras novas comissões, o que pode acabar inviabilizando a aprovação da proposta ainda em 2022. Sendo assim, a medida que institui o 14º salário do INSS pode ficar somente para o ano de 2023.
A proposta, para quem não se lembra, é de autoria do deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS). O projeto dos pagamentos do 14º salário do INSS é uma alternativa à crise trazida pela pandemia de Covid-19 após o governo adiantar o 13º salário. A proposta inicial era de parcelas pagas em 2020 e 2021, o que acabou não ocorrendo.
Dessa forma, como não foi votada a tempo, ao checar na Comissão de Seguridade Social e Família, em 2021, a relatora do tema, deputada Flávia Morais (PDT-GO), anexo à proposta original o projeto de lei 5.641, do deputado Aureo Ribeiro (SD-RJ), propôs o pagamento do 14º até o ano de 2023.
Caso o pagamento do 14º salário do INSS seja aprovado no Congresso, cerca de 30 milhões de segurados que recebem algum dos seguintes benefícios poderá se beneficiar com a medida:
Ficarão de fora, contudo, os segurados que recebem o BPC (Benefício de Prestação Continuada) e renda mensal vitalícia.
Segundo o texto do Projeto de Lei, de autoria do deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS), a proposta visa liberar o pagamento do 14º salário em até dois salários mínimos.
Todavia, a quantia repassada a cada beneficiário, irá variar conforme o valor recebido através do benefício do INSS. Confira:
Com o assunto em alta, muito tem se falado a respeito de uma possível antecipação dos pagamentos do 14º salário. Isso tem gerado dúvida nos segurados do INSS, visto que o pagamento do abono extra para este ano nem mesmo foi confirmado pelo Governo.
Sobre esse assunto, é importante salientar que a “antecipação”, na verdade, equivale a um empréstimo, que a depender da situação, pode contar com altos juros.
Dessa forma, por trazer o nome de antecipação do 14º salário, muitos acabam aceitando a oferta, uma vez que muitos beneficiários estão precisando de uma renda extra, sobretudo por conta da grave crise econômica que o país enfrenta. Todavia, é importante destacar que não é possível antecipar o 14º salário, uma vez que o pagamento ainda não foi confirmado.
Dessa forma, antes de fechar um acordo do tipo, o segurado deverá analisar todas as condições de crédito que, conforme dito, trata-se de um empréstimo.
Quanto ao pagamento do 14º salário, a liberação do projeto ainda está sendo discutida pelos parlamentares competentes ao tema. Sendo assim, caso você decida contratar o referido empréstimo, não deixe de conferir se as parcelas cabem no seu orçamento, independente da aprovação da proposta do abono extra.