O aplicativo WhatsApp afirmou que estava conversando com o Banco Central para aprovar um “iniciador de pagamentos” para confirmar e habilitar o sistema de transações financeiras no aplicativo. Esse modelo foi anunciado pelo Banco Central em outubro do ano passado.
“O WhatsApp está conversando regularmente com o Banco Central para ter a aprovação como iniciador de pagamentos para transferências entre pessoas. Também tem trabalhado para restaurar os pagamentos no WhatsApp para todos no Brasil o mais rápido possível”, afirmou a empresa do aplicativo ao G1.
A ferramenta de envio e recebimento de dinheiro pelo WhatsApp foi anunciada em junho de 2020 e o Brasil seria um dos primeiros países a testar. Porém, dias após o anúncio, o Banco Central e CADE barraram a ferramenta e afirmaram que seria necessário avaliar riscos concorrenciais e garantir o funcionamento adequado do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB).
Nos chamados “iniciadores de pagamentos”, o consumidor tem acesso a serviços que dão ordem para que a instituição em que tem conta corrente faça o pagamento diretamente ao lojista, sem que seja necessário acessar o aplicativo, com débito em conta de depósito ou de pagamento. Intermediários, como o cartão de crédito, não são necessários.
Um exemplo usado pelo Banco Central é o de pedido de comida por aplicativo. Tradicionalmente, seria necessário pagar pelo aplicativo ou usar o cartão ao receber a compra. Com a nova ferramenta, seria possível conectar o consumidor a um iniciador de transação de pagamento. O consumidor poderia pedir que a instituição financeira transferisse o recurso para a conta do restaurante, neste cenário.
O WhatsApp lançou um novo termo para a política de privacidade do aplicativo, e anunciou que os usuários devem aceitá-lo até o dia 15 de março. Caso isso não aconteça, as pessoas serão impossibilitadas de fazer algumas atualizações de funcionalidade na plataforma.
O aplicativo, que é o mais utilizado pela maioria dos brasileiros por oferecer comodidade e agilidade na hora de se comunicar, tenta implementar as novas regras relacionadas a privacidade do usuário desde o mês de janeiro. A iniciativa causou desconfiança em relação à segurança dos dados pessoais contidos na plataforma de cada cliente e fez com que houvesse migração do aplicativo para os outros concorrente, Signal e Telegram.
Os gerenciadores do WhatsApp informaram através de um email enviado aos parceiros comerciais, que sem a aprovação da nova política de privacidade do aplicativo, os usuários poderão apenas receber notificações e ligações. A funcionalidade da opção “ler e enviar mensagem” seria comprometida. Segundo a plataforma, o banimento duraria algumas semanas.
A nota sobre a sentença das pessoas que não aceitaram o novo termo mesmo depois das restrições ainda não foi divulgada. Mas, na página de perguntas frequentes do aplicativo contém a previsão de incluir uma política voltada para os “usuários inativos”, que determina a exclusão definitiva destes.