Os políticos não entraram em consenso nesta quinta-feira (25). A falta de consenso aconteceu sobre tirar o vínculo dos mínimos previstos na Constituição para gastos com saúde e educação no Brasil. Por isso, o Senado Federal adiou a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial para a próxima quarta-feira.
De acordo com Rodrigo Pacheco (DEM-MG), presidente do Senado, será buscado acordo para que os dois turnos sejam superados em um dia. “A PEC emergencial será pautada nesta quinta-feira, mas não a votaremos hoje para possibilidade a discussão e possíveis alterações do texto. Ficou marcada para a próxima terça a continuidade da discussão sobre o assunto e para quarta a votação da Proposta de Emenda à Constituição 186, que fala sobre o auxílio emergencial”, disse ele.
Quando foi perguntado sobre a possibilidade de fatiar a proposta, como alguns senadores defendem, Pacheco afirmou que “há grande reação” ao trecho que trata da desvinculação dos gastos mínimos para saúde e educação e que há trechos menos polêmicos. Segundo Pacheco, o tema deve ser resolvido no plenário.
“A questão da desvinculação da unificação de mínimos da saúde e educação teve reações das mais diversas, inclusive por parte dos líderes. A melhor forma de se dirimir essa questão e outras é submeter ao plenário do Senado para que majoritariamente se decida se isso deve ser mentido, se deve ser retido”, disse o presidente da Casa.
Jean Paul Prates (PT-PR), líder da oposição, havia informado sobre o adiamento. Ele havia participado de reunião com outras lideranças do Senado, além de Pacheco, para falar sobre o assunto. Mas a assessoria de Pacheco afirmou que o cronograma divulgado trata-se de uma “previsão”.
Na agenda acordada entre os líderes, foi definido que as sessões desta quinta-feira e da próxima terça-feira serão feitas para discutir o parecer de Marcio Bittar (MDB-AC). A votação aconteceria hoje e foi adiada para a próxima quarta-feira. A PEC irá liberar a nova rodada do auxílio emergencial.