Vogal, semivolgal e consoantes

Unidades sonoras que diferenciam as palavras

Vogal, semivogal e consoante são assuntos importantes e básicos para qualquer um a partir do momento que inicia os estudos na escola.

O alfabeto oficial da língua portuguesa contém vinte e seis letras, sendo cinco vogais e vinte e uma consoantes. O alfabeto é a representação da vogal, semivogal e consoante.

A vogal, semivogal e consoante são as partículas sonoras que irão fazer a distinção entre as palavras. Ou seja, são as menores unidades de som que são emitidas nas palavras.

São a vogal, semivogal e consoante que representam a união dos fonemas para formar as palavras quando são pronunciadas.

Então, a vogal, semivogal e consoante são as classificações do fonema da língua portuguesa. Elas são responsáveis pela sonoridade e distinção das palavras.

Vogal

As vogais são os sons laríngeos, ou fonemas que são produzidos através da passagem livre de uma corrente de ar pela boca. Isto é, ao serem pronunciados, esses sons não encontram dificuldade na passagem de ar que vai até o exterior da boca. Não produzindo, assim, ruídos.

As vogais assumem a função de núcleo das sílabas, ou seja, elas são indispensáveis e fundamentais para a formação das sílabas. Dessa forma, em toda sílaba sempre terá uma vogal, mas somente apenas uma vogal.

As vogais são: a, e, i, o, u. Elas são classificadas de acordo com alguns critérios como a função das cavidades bucal e nasal, a zona de articulação, o timbre e a intensidade.

 

A função das cavidades bucal e nasal

  1. Orais: o ar sai apenas pela boca. Exemplos: a, é, ê, i, ó, ô, u (ato, sé, vê, vi, só, fogo, uva).
  2. Nasais: por serem vogais em que o ar sai pela boca e pelas fossas nasais, são chamadas de vogais anasaladas. Exemplos: ã, e, i, õ, u (fã, bonde, dente, lindo, nunca). Mesmo as que não tem o tio (~) são pronunciadas como se tivesse.
  3. Tônicas: são vogais em que são pronunciadas com maior intensidade. Exemplos: até, bola, gelo, dó, luz.

 

A zona de articulação

  1. Média: há pouco movimento da língua, quase que em repouso. A língua fica baixa. Exemplo: a (ave).
  2. Anteriores ou palatais: a língua se eleva em direção do palato duro (céu da boca). Exemplos: é, ê, i (fé, vê, ri).
  3. Posteriores ou velares: a língua se eleva em direção ao palato mole (véu palatino). Exemplos: ó, ô, u (nó, avô, tatu).

 

O timbre

  1. Abertas: vogais que são pronunciadas como se tivessem com o acento agudo. Exemplos: a, é, ó (lata, pó, lá, pé, cipó).
  2. Fechadas: vogais pronunciadas como se tivessem com o acento circunflexo: Exemplos: ê, ô, i, u e todas as nasais (mês, vê, amor, vi, luta, cru, sã, lenda).
  3. Reduzidas: vogais átonas orais ou nasais (vela, vale, vital, sapo, unido, andei, então).

 

A intensidade

  1. Subtônicas: guaranazinho, comodamente, taxímetro, arvorezinha, esplendidamente, cafezinho.
  2. Átonas: vogais com o som pronunciado com menos intensidade. Exemplos: mole, lição, lado, lugar, lençol.

Semivogal

Em uma sílaba podem ocorrer de ter vogal e semivogal, isto é, como pode ter apenas uma vogal como núcleo, a outra vogal será uma semivogal.

Sendo assim, as semivogais são aquelas que aparecem juntas ao núcleo silábico, a vogal.

São semivogais porque ao se juntar com uma vogal forma uma única sílaba. A semivogais não são pronunciadas com tanta intensidade como as vogais.

Geralmente, são as letras “i” e “u” que assumem a função de semivogais.

Exemplos: coisa, caixa, vai, andei, ouro, papai, biscoito, saudade, pão, série, mão, etc.

Consoantes também podem ser semivogais, é só elas terem o som de “i” ou “u”.

  • Nuvem (m com som de i);
  • Embarcam (m com som de u);
  • Pernil (l com som de u).

 

Consoante

As consoantes do alfabeto são b, c, d, f, g, h, j, k, l, m, n, p, q, r, s, t, v, x, y, w, z. Ou seja, tudo que não for vogal, é uma consoante.

Para pronunciar um consoante, é necessário que a corrente de passagem de ar pelos pulmões encontre obstáculos até passar pela boca. Isto quer dizer que as consoantes são verdadeiramente “ruídos”.

Consoante quer dizer consoam, soa com, ou seja, soa com vogais. Então, as consoantes são incapazes de atuar como núcleo silábico, sendo que é necessária uma vogal para formar uma sílaba.

É impossível pronunciar uma consoante sem que ela esteja apoiada em uma vogal.

As consoantes também são classificadas de acordo com alguns critérios:

Modo de articulação: é o modo como as unidades de som são articuladas. Elas podem ser oclusivas e constritivas, e a segunda pode ser fricativas, laterais e vibrantes.

Ponto de articulação: é o lugar ao qual a consoante é articulada. É o local em que os órgãos fazem contato entre si para emitir o fonema. Pode ser bilabial, alveolar e velar.

Papel das cavidades bucal e nasal: de acordo com esse critério, as consoantes podem ser orais ou nasais. Orais, se o ar sair pela boca e nasais se o ar passar pelas fossas nasais, como “m, n, nh”.

Papel das cordas vocais: nesse critério, as consoantes podem ser sonoras ou surdas. Se no mecanismo da passagem de ar, as cordas vocais vibrarem, a consoante é sonora (gola, rua). Se não vibrar, a consoante é surda (pato, faca).

 

Vogal, semivogal e consoante: demais classificações das consoantes

Entre esses critérios mencionados acima, existem outras classificações para as consoantes.

Conheça algumas:

  • Consoantes oclusivas: consoantes que são articuladas com completo bloqueio da saída do ar: tio, pai.
  • Consoantes constritivas: consoantes que são articuladas com parcial bloqueio da saída do ar: fio, rio.
  • Consoantes orais: consoantes que são articuladas quando a corrente de ar passa somente através da boca: cama, navio, lenha.
  • Consoantes nasais: consoantes que são articuladas quando a corrente de ar passa pela boca e pelas fossas nasais, o nariz: cama, navio, lenha.

 

Vogal, semivogal e consoante: encontro consonantal versus dígrafo

Encontro consonantal e dígrafo podem ser confundidas entres si, pois ambas são caracterizadas quando duas consoantes se juntam.

Mas os encontros consonantais acontecem quando duas consoantes se juntam, mas são pronunciados dois fonemas. Ou seja, as duas consoantes são pronunciadas.

Exemplos: PR – Preto, CL – Claro, BR – Brasil, TR – Trator, PL – Planta.

Já os dígrafos acontecem, normalmente com as consoantes, quando se juntam e formam apenas um fonema. Isto é, há duas letras, mas somente uma é pronunciada.

Exemplos: CH – Chaveiro, LH – Malhação, NH – Apanhar, RR – Barra, SS- Expressão, SC – Crescer.