Quem diria que algo tão comum como uma moeda poderia valer tanto? Quatro modelos das peças olímpicas de 1 real, lançadas há quase uma década, agora têm um lugar de destaque no mercado de colecionadores, com preços que alcançam até R$ 280.
No decorrer dos últimos anos, o Banco Central (BC) lançou 13 moedas olímpicas como parte de uma homenagem aos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, realizados em 2016. Desde então, essas peças se tornaram itens de coleção para vários brasileiros.
Como a procura é alta, e o número de peças é relativamente baixo, pode-se afirmar que temos a receita do sucesso. Os valores projetados para algumas dessas peças começam a chamar atenção até mesmo dos especialistas na área da numismática.
Para ajudar no processo de identificação das moedas olímpicas de 1 real, é preciso prestar atenção nos principais detalhes indicados pelo BC para cada uma delas.
Embora esses exemplares façam parte da chamada segunda família do Plano real, o fato é que eles contam com alguns detalhes específicos que podem fazer a diferença na hora de avaliar o valor de cada uma delas.
Abaixo, você pode conferir uma lista completa com as principais características dos exemplares:
Os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro foram realizados em agosto daquele ano na cidade do Rio de Janeiro. Aquela foi a primeira vez que uma edição olímpica foi realizada na América do Sul. Quase todas os países do mundo enviaram atletas aos jogos em questão.
Naquela ocasião, o evento foi realizado em um contexto de grande ebulição política no país, já que a então presidente Dilma Rousseff (PT) foi retirada do cargo de chefe do executivo apenas alguns dias antes dos Jogos. Quem abriu a Cerimônia de Abertura foi o seu vice-presidente, Michel Temer, que tinha acabado de assumir o poder.
Antes de toda esta polêmica, o Banco Central (BC) decidiu lançar as moedas comemorativas, que viraram uma espécie de febre entre os colecionadores. A cada ano que passa, os exemplares se tornam mais raros, e já podem ser vendidos por um alto valor quase dez anos depois da realização dos Jogos.
Como dito, existem quatro casos específicos de moedas olímpicas que podem ser vendidas por R$ 280 nesse ano de 2024.
Em todos esses casos, a peça precisa contar com uma característica específica conhecida no meio da numismática como reverso horizontal.
Caso este seja o caso da sua moeda, estas são as modalidades que podem render um lucro de R$ 280 para os colecionadores:
Mas afinal de contas, o que seria uma moeda com reverso horizontal? Para entender esta pergunta, é necessário saber que o Brasil adota um sistema de padrão reverso moeda, ou seja, eixo horizontal (EH). As moedas que fogem deste padrão exigido são conhecidas como reverso horizontal, e são consideradas muito raras.
Basicamente, as moedas com reverso horizontal são aquelas que possuem o reverso com alinhamento contrário ou horizontal ao alinhamento original. Na prática, para saber se uma moeda tem este defeito, basta segurar a peça com a face em posição normal virada para você. Logo depois, basta girar de baixo para cima.
Se o outro lado estiver de cabeça para o lado, estamos falando de uma moeda com reverso horizontal, ou seja, uma peça valiosa. Vale frisar que qualquer item pode ser reverso horizontal. Até mesmo centavos podem ter este tipo de defeito. Em todos os casos, a peça poderá valer mais.
“Mas definir valor comercial à essas moedas é algo relativamente complicado, principalmente porque, como foram produzidas como erros durante o processo de cunhagem, não há registros da quantidade de moedas emitidas”, diz o especialista Plínio Pierry.