No ano em que o Brasil comemora 30 anos do Plano Real, é natural que cada vez mais os economistas lembrem sobre as primeiras moedas lançadas no ano de 1994. O que a grande maioria das pessoas ainda não sabe, é que algumas daquelas peças podem ser consideradas valiosas três décadas depois.
Neste artigo específico, vamos falar sobre a moeda de 1 real do ano de 1994, a primeira peça deste valor já fabricada. Uma curiosidade sobre este exemplar é que ele não está circulando mais. Entretanto, o Banco Central (BC) garante que ela ainda conta com valor monetário.
E para os numismatas, esta peça pode ser considerada ainda mais valiosa. De acordo com os catálogos mais atualizados, a moeda de 1 real de 1994 pode alcançar valores surpreendentes a depender do seu grau de conservação.
Mas antes de focar na questão do valor, vamos entender quais são as principais características das moedas de 1 real do ano de 1994. Veja na listagem abaixo:
Agora, vamos indicar os valores projetados para a moeda de 1 real do ano de 1994, de acordo com os catálogos numismáticos mias atualizados. Note que os valores variam de acordo com o grau de conservação de cada uma das peças:
Para os iniciantes, as inscrições acima podem parecer complexas. Afinal de contas, o que significa o termo Flor de Cunho, por exemplo? As classificações acima estão relacionadas ao estado de conservação de cada uma destas peças, segundo as informações de colecionadores.
Para começar, vamos detalhar o que significa uma moeda MBC. Este termo significa “Muito bem conservada”. Para que a peça entre nesta classificação, ela precisa ter, no mínimo, 70% de sua aparência original. Os analistas também dizem que o seu nível de desgaste deve sempre ser homogêneo.
Uma moeda soberba é a aquela que conta com pelo menos 90% dos detalhes originais preservados. Trata-se de uma peça que conta com pouco vestígio de circulação e de manuseio. No universo da numismática, este item é considerado intermediário, mas já se trata de um valor mais alto.
O termo Flor de Cunho vem da inscrição em inglês uncirculated. Trata-se de uma peça que não apresenta mais nenhum tipo de desgaste e nem de manuseio. Absolutamente todos os detalhes da cunhagem estão com a sua aparência original. Também não há nenhum indicativo de limpeza ou de química. Mesmo por isso, moedas flor de cunho são sempre as mais valiosas.
Mesmo na época do Brasil Império, já existia uma preocupação com o material usado nas moedas que seriam usadas no comércio. De acordo com um relatório histórico do Banco Central, com o passar dos anos, os imperadores começaram a alterar o material usado na fabricação destas peças.
“Com a generalização do uso de cédulas, a cunhagem de moedas direcionou-se para a produção de valores destinados ao troco. O cobre foi sendo substituído por ligas modernas, mais duráveis, de modo a suportar a circulação do dinheiro de mão em mão. A partir de 1868, foram introduzidas moedas de bronze e, a partir de 1870, moedas de cuproníquel”, diz o Banco Central
“Após a Proclamação da República, em 1889, foi mantido o padrão Réis. As moedas de ouro e prata receberam gravação da alegoria da República no lugar da imagem do imperador. A utilização do ouro, na cunhagem de moedas de circulação, foi interrompida em 1922, devido ao alto custo do metal”, completa o BC.