Você gostaria de trocar uma moeda de 50 centavos por R$ 4.500? A maioria absoluta dos brasileiros certamente responderia sim para essa pergunta. Entretanto, algumas pessoas não iriam vender este item por esse valor, pois elas acreditam que o preço é justo para a raridade do exemplar.
Na verdade, não são todas as moedas de 50 centavos que valem uma pequena fortuna. Apenas uma quantidade irrisória de itens apresenta características únicas, que elevam o seu valor em centenas ou milhares de vezes. E quem não tem muito interesse neste universo provavelmente ficaria feliz em ganhar mais de R$ 4 mil com alguns centavos.
Você sabe o que é numismática? O termo se refere ao estudo e especialização de cédulas, moedas e medalhas sob o ponto de vista histórico, artístico e econômico. Contudo, o nome também é utilizado muitas vezes para designar o ato de colecionar estes itens.
O mundo numismático vem crescendo fortemente nos últimos meses no Brasil. Inclusive, é cada vez mais comum encontrar pessoas dispostas a pagarem caro por moedas que possuem valores faciais baixos. Isso acontece porque o que realmente importa são as características que tornam estes itens únicos, e não o seu valor monetário.
O assunto continua atraindo muita gente porque se trata de uma via de mão dupla. De um lado, existem pessoas interessadas em adquirir os itens, aumentando seu acervo de exemplares raros, e do outro lado há pessoas que possuem os exemplares, mas não se importam em tê-los em sua posse, acreditando que vendê-los seja um negócio mais lucrativo.
A saber, a Casa da Moeda fabrica o dinheiro no Brasil, conforme os pedidos feitos pelo Banco Central (BC). Os itens geralmente são idênticos, já que sua fabricação é automatizada. Entretanto, existem alguns modelos que apresentam alguma falha ou defeito, tornando-os únicos.
No caso da moeda de 50 centavos apresentada neste texto, um erro de fabricação elevou em 9 mil vezes o seu valor, para R$ 4.500. Trata-se de um exemplar produzido em 2010 pela Casa da Moeda, que teve uma tiragem de 170 milhões de unidades.
Esse modelo, que tem feito sucesso no Brasil, possui o seguinte erro: cunho trocado. Em síntese, o reverso possui o número 50, como todas os modelos desse valor. No entanto, o anverso apresenta Tiradentes, que está presente nas moedas de cinco centavos, e não nos modelos de 50 centavos.
Cabe salientar que estas moedas que possuem o anverso de um exemplar e o reverso de outro são chamadas de “mula” ou “híbrida”. Segundo o catálogo ilustrado de Moedas com Erros, o modelo chega a valer R$ 4.500.
As moedas recebem algumas classificações quanto ao seu estado de conservação. O primeiro termo se chama flor de cunho, que se refere aos exemplares que não circularam, ou seja, não apresentam qualquer sinal de desgaste ou manuseio. Em outras palavras, são moedas que não possuem marcas e estão em perfeito estado de conservação.
Por sua vez, o estado de soberba se refere às moedas que apresentam, aproximadamente, 90% dos detalhes da cunhagem original. Em síntese, os exemplares que tiveram uma pequena circulação se enquadram neste segmento.
Já a moeda muito bem conservada (MBC) se caracteriza por ter mais sinais de manuseio e uso. Os itens devem apresentar, aproximadamente, 70% dos detalhes da cunhagem original. Além disso, o seu nível de desgaste deve ser homogêneo, sem ter um local bem mais desgastado que outro.
Os interessados em vender seus exemplares podem conseguir isso através de diversas maneiras. Confira abaixo as principais formas de vender moedas raras para colecionadores.
Por fim, as pessoas devem aumentar o conhecimento no tema e ganhar experiência no mercado para conseguirem preços justos. Cabe salientar que os leilões oferecem um ambiente competitivo, aumentando as chances de venda das moedas a preços mais elevados.